terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cinco dicas para ser criativo nos negócios



Seja questionador - questionar o status quo e tudo mais (inclusive o próprio modelo de negócios) é a base para ser criativo nos negócios. As boas respostas começam com boas perguntas, e por isso o exercício do questionamento livre de amarras pode ajudar bastante. O teste dos “Por quês” ajuda a desmontar respostas e falsos argumentos, e utilizar a expressão “e se...” contribui para imaginar cenários. A Motorola nasceu fabricando rádios para carros, mudou radicalmente de negócio e se tornou conhecida produzindo celulares.

Seja um articulador (de ideias e de pessoas) – um ambiente criativo é um ambiente onde o fluxo de pessoas e ideias é livre. A capacidade de articular essas peças é que faz com que uma empresa seja criativa. Para isso, também é importante exercer o desapego da autoria: mais do que promover a “sua” ideia, é importante conduzir o grupo para chegar a uma boa ideia para a empresa.

Envolva e motive as pessoas – a criatividade tem mais resultados nos negócios se não ficar presa a um grupo específico da organização. Uma empresa da Costa Rica que exporta abacaxis motivou seus colaboradores da seguinte forma: se alguém tivesse uma ideia que pudesse diminuir os custos da empresa, receberia uma premiação em dinheiro – não importando em qual nível hierárquico estivesse. Um dos empregados que trabalhava carregando e armazenando os abacaxis teve a ideia de mudar o tamanho padrão das caixas de armazenamento: com apenas alguns centímetros a mais em cada caixa, foi possível armazenar mais abacaxis em um volume – e milhares em cada contêiner, fazendo a empresa diminuir seus custos de exportação.

Pense em soluções simples e diferentes para os problemas - a criatividade tem a ver com a forma que encaramos os problemas e com a combinação de ideias que utilizamos nessa abordagem. Neste sentido, as técnicas de Pensamento Lateral, que nos estimulam a ver os problema sob outra perspectiva, podem ajudar bastante. “Emprestar” soluções utilizadas em outros ramos de negócio (ou seja, geradas com outra perspectiva) pode se mostrar uma alternativa interessante: Steve Jobs, empreendedor visionário da Apple, utilizou seus conhecimentos adquiridos nas aulas de caligrafia para criar a famosa tipografia do Mac.

Encontre o equilíbrio entre a organização e a desorganização necessárias para criar – algumas vezes, músicos de jazz parecem estar tocando coisas completamente diferentes ao mesmo tempo, mas a estrutura da música é uma só e todos estão em sintonia, fazendo com que mantenham-se em perfeito equilíbrio entre o “caos criativo” do improviso e a organização. Portanto, até a criatividade deve ser, de certa forma, planejada. Nos negócios, a abordagem pode ser parecida: equilibre soluções criativas com processo já bem conhecidos pela empresa, de forma a manter todos da equipe na ‘mesma partitura’.

Com informações de Adriana Baraldi para o site Administradores.

Adriana Baraldi - Especialista em criatividade para inovação. Consultora e professora universitária. Experiência profissional em empresas multinacionais com Bunge, Firmenich e Bayer. Gestora da área de marketing e desenvolvimento de novos negócios, produtos e conceitos.

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