segunda-feira, 27 de abril de 2015

5 lições que os administradores precisam aprender com os humoristas


Veja como você pode usar o humor para turbinar seus negócios



Comedy Thinking. Esse é o conceito criado pelo comediante Murilo Gun, que vai buscar no humor elementos que podem ajudar empreendedores e outros profissionais no dia a dia do mundo dos negócios. A ideia é partir de um problema e, para resolvê-lo, usar recursos comumente utilizados pelos humoristas. De acordo com Gun, isso pode tornar mais ágeis e eficientes os processos criativos e até mesmo operacionais nas empresas.

O assunto é o tema do mais recente workshop do Administradores Premium, que foi ministrado pelo próprio Murilo Gun. Com base na aula ministrada por ele, reunimos aqui cinco lições dos comediantes que podem ser bastante úteis para os administradores e outros profissionais da área de negócios.

Confira as dicas:

1. Cultive o "olhar de turista"

O processo criativo chamado por Murilo Gun de Comedy Thinking é formado por algumas etapas. A primeira, a do "input", ou seja, entrada, é aquela em que o profissional acessa seu repertório, referências e a forma como ele enxerga o mundo, para resolver problemas.

O diferencial dos comediantes nessa etapa é que eles cultivam o "olhar de turista". Ao invés de se acostumar com o mundo, eles buscam observá-lo como se fosse a primeira vez, enxergando detalhes. Fazer isso proporciona maior percepção dos problemas a serem resolvidos em qualquer que seja a área, o que abre espaço para reinvenção e inovação.

2. Não aceite o mundo como ele é

O comediante enxerga as coisas com irreverência. Isso significa questionar , não se conformar e pensar criticamente. Buscar sempre o porquê das coisas é característico da comédia. Muitas vezes perdemos essa capacidade ao sermos podados na infância, como diz Gun, mas é preciso resgatá-la para estimular o pensamento criativo.

3. Coloque-se no lugar dos outros

Empatia é a capacidade de pensar como os outros, e ela é essencial no Comedy Thinking. Esse sentimento é a própria base da comédia, para Murilo Gun. Entender as expectativas do público e pensar sobre o que vai fazer rir é estratégico para o comediante, e, no caso do profissional que deseja alcançar sucesso nos negócios, enxergar o mundo como o cliente é um diferencial importante para surpreendê-lo e superar suas expectativas.

4. Procure o que ninguém vê

Como a criança, o comediante busca ser curioso e entender ou ter contato com mundos diferentes dos que lhe cercam normalmente. Murilo Gun faz coisas para sair de sua zona de conforto, como ir a feiras de agronegócios, por exemplo. Isso não está intimamente ligado ao seu trabalho, mas aumenta seu repertório, e pode vir a ser útil algum dia na hora de combinar referências. Buscar o diferente é se renovar.

5. Faça misturas inusitadas

No Comedy Thinking, o processamento do pensamento criativo significa combinar as ideias do que Gun chama de "input", que é o repertório do profissional/comediante. A comédia é caracterizada por combinações inusitadas de referências, e são elas que fazem as melhores piadas. No caso dos negócios, misturas inesperadas resultam em ideias milionárias. Portanto, arrisque sobrepor conceitos de forma inédita, como os comediantes. Quem sabe você poderá se tornar o próximo Steve Jobs.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Você sabe fazer um plano de negócios?

Determine qual é o propósito do seu negócio. Qual é o problema fundamental que você está tentando resolver?


Pretende começar um novo negócio em 2015? Para que o empreendimento consiga evoluir, é necessário um plano de negócios. Confira 7 dicas que listei para ajudá-lo a estruturar seu plano:

1. Números realistas. Não faça projeções somente para encontrar investidores. É importante que todos estejam alinhados. Elabore os projetos com a equipe, alinhando comprometimento e objetivos internos. É importante que as projeções motivem a equipe, mas que não sejam inalcançáveis, gerando frustração.

2. Defina as principais métricas do seu negócio: As métricas que envolverão sua empresa nos próximos 12 meses não devem ultrapassar três questões. Você está aumentando o número de usuários? Número de operações? Monetização por usuário? Escolha os pontos que são mais relevantes e trabalhe em cima deles.

3. Determine qual é o propósito do seu negócio. Qual é o problema fundamental que você está tentando resolver? Sua proposta de valor deve ser concisa. Se você tem que usar mais que uma frase, você ainda não definiu bem o seu negócio.

4. Identifique se sua ideia é realmente diferente do que está no mercado hoje. Quem são os seus principais concorrentes e por que seu produto ou serviço é melhor? É mais barato? É um serviço de melhor qualidade? Você usa uma nova abordagem para um velho problema?

5. Escolha o seu time: Queira na sua equipe pessoas que o ajude a executar um plano bem sucedido e quais perfis necessários eles devem ter para compor o time. Ter pessoas com experiência no mercado que você está entrando, é sempre valioso.

6. Faça uma análise de breakeven: um bom teste para todo empreendimento é saber quanto tem que vender para pagar os custos de toda operação. Isso te dá uma ideia do quão realistas são suas projeções, quanto dinheiro tem que levantar e se o modelo de negócios é sustentável a médio prazo.

7. Não justifique nada como estratégico: não use linguagem complexa ao justificar ações ou gastos se não estão diretamente relacionados com as principais métricas que definiu para seu negócio.

Uma vez que tenha o plano de negócios pronto, busque o feedback com pessoas experientes no setor e potenciais investidores, ainda que não esteja buscando financiamento.

E, finalmente, execute!

Matias Recchia é CEO e cofundador da IguanaFix, site para orçar e contratar serviços de consertos em casas ou escritório. 

Fonte: Administradores

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Investir para reduzir custos: a saída para um 2015 melhor


As previsões para 2015 certamente não são das mais otimistas. Analistas do mercado financeiro esperam uma retração da economia para este ano, causada pelas recentes medidas de reajuste promovidas pelo Governo e a desaceleração da economia chinesa. Segundo o FMI, economias emergentes, como é o caso do Brasil, serão impactadas pelas revisões para baixo do crescimento nas exportações de matérias-primas. Como lidar e, principalmente, como ainda crescer inserido neste cenário de instabilidade?

Um dos principais segredos para sobreviver a períodos de crise como este é não abrir mão de bons investimentos. Ou seja, não fazer o que a maioria das empresas faz: não se planejar e economizar no curto prazo. Na ânsia por melhorar os resultados, muitas companhias buscam a redução de custos a qualquer preço e deixam de enxergar boas oportunidades. Vislumbram apenas o corte de gastos e o resultado imediato já no balanço do mês seguinte. Este, certamente, não é o melhor caminho. Existem sim, boas alternativas de investimento em épocas de crise.

Temos que ir muito além quando o assunto é reduzir custos e promover o corte de gastos. O “pensar fora da caixa” tem que ser usado nestes períodos, não somente para criar novos produtos. Podemos ser inovadores em investimentos que reduzem custos e aumentar a eficiência das empresas. Nestas épocas de vacas magras, a tecnologia pode ser nosso principal aliado. Processos bem desenhados e enxutos impactam diretamente nos negócios de qualquer empresa, mas no médio/longo prazo. O retorno de investimento é perceptível quando são realizados aportes assertivos em tecnologia, mas é preciso ter calma para atingir os resultados e conseguir combinar as expectativas dos envolvidos.

Investimentos planejados em determinadas tecnologias podem trazer benefícios como o aumento da produtividade dos colaboradores e a otimização de recursos. Pode parecer lugar comum falar sobre estas vantagens, mas elas, de fato, trazem retornos expressivos. A área de compras é onde a empresa mais sente os benefícios de um investimento bem feito em tecnologia e otimização de processos. A transparência, o compliance, a redução de custos são sentido já no início dos projetos. O e-Procurement e as aplicações de Sourcing são exemplos destas tecnologias. São modelos otimizados de compra de produtos e/ou serviços através da internet que se integram aos sistemas de gestão das empresas. Parece simples e óbvio, mas muitas organizações ainda não descobriram as vantagens da automatização dos processos de compras.

Diversas empresas ainda adquirem insumos e suprimentos da maneira tradicional: Uma equipe é responsável por levantar fornecedores para cada item a ser comprado; ocorrem a tomada de preços e abertura de concorrência; depois de decidido o parceiro, iniciam-se as conversas – para adequar preços, taxas e prazos. Além de demandar muito tempo, este ciclo manual também impede as melhores e verdadeiras negociações: descontos de acordo com a quantidade, frequência de compra e tantos outros fatores que influenciam os momentos decisórios.

Investir na implementação de tecnologias como o e-Procurement e o Sourcing é sinônimo de redução de custos com atrasos de entrega, diminuição do tempo da equipe de compras focado em tarefas operacionais e, principalmente, escolha dos melhores fornecedores e negociação dos melhores preços de acordo com as necessidades da sua empresa. Ao mesmo tempo, a automação destes processos promove a competitividade saudável entre os mais diversos fornecedores.

Os motivos para apostas em tecnologia são inúmeros, entretanto, é preciso coragem para levantar esta bandeira e defender os investimentos mesmo com cortes dentro das companhias. O ano de 2015 exigirá esta coragem e as empresas que a tiverem sairão na frente nos próximos anos. Somente com a união de processos e tecnologia será possível melhorar os procedimentos e, por consequência, descobrir as melhores oportunidades de negócios, sobreviver e crescer neste ano de incertezas.

Nei Tremarin é CMO (Chief Marketing Officer) do Mercado Eletrônico

Fonte: Administradores 



quinta-feira, 9 de abril de 2015

Os sinais de que você ainda não está pronto para ser chefe


Para muitos jovens, a perspectiva de ocupar a cadeira do chefe é motivo de grande ansiedade.

Atração pelo poder? Não é só isso. Para Jill Geisler, autora do livro “Como se tornar um ótimo chefe” (Editora Sextante), muitos sonham com a posição porque acreditam que ela será a sua chance de melhorar o mundo.

"A geração Y cresceu conectada a mídias que sempre mostraram histórias sobre heróis e a importância de causas para a sociedade”, afirma Jill, que é professora do Poynter Institute. "São pessoas ambiciosas, mas também idealistas".

Por isso, a pressa para chegar à liderança não é simplesmente uma “vontade de mandar”, mas também um interesse genuíno de transformar as empresas e o mundo - e o quanto antes, melhor.

Porém, esses objetivos grandiosos acabam se chocando com a realidade do trabalho. "Quando se depara com orçamentos, burocracia, e a própria natureza humana, que teme mudanças, o jovem percebe que ser chefe não é o trono mágico que ele imaginava", explica Jill.

O que é ser chefe?
A resposta, diz a professora, passa por uma discussão bastante antiga: a distinção conceitual entre gestor e líder.

O primeiro é aquele que contrata, treina, cobra, avalia e disciplina subordinados. Sua função também é controlar orçamentos e processos para garantir a qualidade de produtos e serviços. Essa é a ideia tradicional que se faz do chefe.

O líder, por outro lado, exerce um poder mais natural e informal. "Gestores são seguidos porque foram designados pela empresa; líderes são seguidos porque foram escolhidos pela equipe", afirma Jill. São pessoas que conquistam influência sobre as demais, sobretudo porque demonstram preocupação com o sucesso do grupo.

Chefes devem ser gestores e líderes ao mesmo tempo. "É a combinação que traz mais resultados para eles próprios e suas equipes", diz a especialista.

O que não é ser chefe?
Muita gente sonha com o comando, mas sequer sabe o que ele pressupõe. Para a professora, a falta de consciência sobre as “dores” da chefia é o sinal mais claro de que um profissional ainda não está pronto para a função.

O erro mais comum é acreditar que a posição implica muitos privilégios. Você acha que será mais livre do que os demais para controlar o seu tempo e a sua agenda? Ou que terá licença para escolher o que vai fazer? Melhor reavaliar suas ideias, recomenda Jill.

Também se equivoca - e talvez ainda esteja despreparado para a função - quem pensa na chefia como uma questão de poder ou autoridade.

Na verdade, diz a professora, trata-se de um difícil exercício de influência sobre outras pessoas. "Seu foco jamais estará nos produtos ou serviços, mas nos recursos humanos", afirma ela.

Outro sinal de imaturidade é acreditar que tudo dará certo se você contratar funcionários iguais a você. Segundo Jill, o sucesso advém justamente das diferenças - e depende da habilidade do chefe em explorá-las de forma produtiva.

Como se preparar para chegar lá
Ter uma visão menos ingênua do mundo da chefia é o primeiro passo no caminho para ela.

Muito pode ser aprendido pela observação atenta do dia a dia no trabalho. “Analise o comportamento das pessoas e se pergunte: ‘Que atitudes e escolhas levaram àquele resultado tão positivo?’”, aconselha Jill.

Da inteligência emocional à forma de fazer negócios, a ideia é desconstruir os bons exemplos à sua volta. “Aja como um estudante da sua profissão e do comportamento humano”, afirma.

Também vale fazer exercícios de imaginação. Se você fosse o chefe, como lidaria com as diferentes personalidades e temperamentos que existem no seu escritório? Como adaptaria sua comunicação e estilo de liderar no caso de cada funcionário?

Se for possível trazer algumas dessas reflexões para a prática, tanto melhor. "Procure se oferecer para cada vez mais responsabilidades, mesmo se as novas tarefas pareçam grandes e assustadoras”, recomenda a professora.

Fonte: Exame