terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Saiba avaliar o seu negócio


A sua empresa pode ter um valor inestimável para você e sua família, mas na hora de pedir um financiamento no banco ou de fazer um seguro, o sentimentalismo não vai contar a seu favor. O que se deve fazer é deixar os sentimentos e a intuição de lado e adotar certo distanciamento para atribuir valor ao seu negócio. Muitos empresários tem dificuldades para avaliar suas empresas, por isso separamos algumas dicas para serem levadas em conta na hora da avaliação.

A avaliação da empresa começa pelo conhecimento do lucro do negócio, diz Antônio Lopez, avaliador de companhias. A maior dificuldade dos empresários é de ter uma contabilidade organizada. Para Lopez, é imprescindível ter contabilizados os ganhos anteriores e as estimativas para o futuro, sendo que os lucros futuros devem ser trazidos a valor presente.

Ainda neste aspecto, os empresários devem avaliar a longevidade do negócio, que pode estar entre cinco e 30 anos, dependendo de sua dependência tecnológica, por exemplo. “Negócios mais tradicionais e menos dependentes de atualização tendem a ter maior longevidade, o que significa mais valor,” diz.

Uma base grande de clientes determina uma maior capilaridade e uma maior atratividade do negócio, diz Lopez. Além disso, quanto maior influência e abrangência regional, mais valor terá uma empresa.
O valor que se atribui a uma marca depende de sua notoriedade. “Quando a marca não é notória, muitas vezes seu valor se confunde com outros valores do negócio, como o valor do fundo do comércio, que é o lucro futuro trazido a valor presente,” diz Lopez. A complexidade para se determinar o valor da marca é grande, pois esse quesito envolve a análise de mercado, o fundo de comércio, a capacidade de alavancagem e a amplitude geográfica da ação da marca. Em geral, quanto mais ligada ao consumidor, mais vale a marca.

Quanto menos notória pelos clientes, menos ela vale. “Por mais paixão que o dono tenha por sua marca, ele tem que saber que pode ser que ela não valha nada. Muitas vezes é o ponto que vale mais”, diz Lopez.

O empresário deve evitar ser intuitivo na hora da atribuição de valor. “A intuição pode levar a diversos erros.” Um deles é a supervalorização de alguns bens, feita por uma leitura mais emocional do que técnica. Ele deve estar sempre preparado para o valor que o banco atribuirá a seus bens quando for pedir um financiamento. Em geral, a instituição bancária aplica um fator de deságio de cerca de 30% sobre o valor de mercado. Se a máquina valia R$ 100 mil, eles podem avaliar como R$ 70 mil.

Por isso, um balanço mais completo e transparente, um conhecimento técnico mais avançado de seus ativos e passivos e de sua marca podem ajudar bastante na hora das negociações.

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