segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lojas de rua trazem melhores resultados para o franchising

De acordo com pesquisa da Deloitte, para 63% dos franqueadores, as unidades com essa localização têm maior rentabilidade


As unidades localizadas na rua têm trazido melhores resultados para as franquias do que as lojas em shoppings. A conclusão é da pesquisa Negócios em rede – Visões, expectativas e práticas dos franqueadores, realizada pela Deloitte em parceria com a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Para 53% dos franqueadores, o ponto de venda de rua tem maior faturamento. As lojas de shopping ficam com 29%, e as de centro comerciais, com 8%. Em relação à rentabilidade, as lojas de rua apresentam melhores resultados para 63%, enquanto os shoppings ficam com 23%, e os centros comerciais com 7%.

O levantamento ouviu 97 franqueadores entre agosto e setembro de 2014 e será divulgado na 14a Convenção ABF do Franchising, que ocorre entre hoje (29/10) e sábado (1o/11) na ilha de Comandatuba, em Una (BA).

“O custo operacional de uma loja de rua é mais baixo”, afirma Reynaldo Awad Saad, sócio-líder da Deloitte para o atendimento da indústria de varejo e bens de consumo. “Por mais que os shoppings sejam atraentes pela praticidade e pela segurança que oferecem, não conseguiram se adequar aos custos de uma franquia.”

A pesquisa verificou ainda que as estratégias de expansão mais usadas pelas redes são o desenvolvimento de novos produtos e serviços (87%), os investimentos em inovação (80%), as unidades individuais ou franqueadas (70%), a descentralização (63%), as unidades próprias (59%) e o comércio eletrônico (51%).

Para este ano, 74% dos franqueadores esperam aumento na quantidade de franqueados e 23% preveem incremento no número de unidades por franqueado. 

Expansão moderada
O franchising brasileiro deve crescer entre 5,5% e 7% neste ano, de acordo com projeções da ABF. Este deve ser o primeiro ano de expansão de um dígito para o setor na última década. “O setor não está fora da situação econômica do Brasil. Mas é uma indústria resiliente e com vigor – a projeção de crescimento do PIB é de abaixo de 1%”, afirma Cristina Franco, presidente da ABF.

Uma das apostas do franchising para manter a expansão é o interior do país. “Nesses bolsões de crescimento, onde há uma economia vibrante, existem possibilidades para o varejo e para o franchising, além de um consumidor que anseia pelas marcas de franquias”, diz Cristina.

A associação lançará, durante a convenção, um projeto em parceria com a prefeitura de Pederneiras, no interior de São Paulo, para a construção de um centro comercial. O objetivo é testar a capacidade do franqueador de estar presente em municípios com menos de 50  mil habitantes. A prefeitura cedeu um terreno de  5.500 m2, em que os franqueadores poderão construir unidades das suas marcas. Eles serão donos dos imóveis ou poderão repassar a propriedade aos franqueados. “O custo operacional será melhor porque não terão de pagar aluguel”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da associação.

Na expansão para o interior, o principal desafio é inovar nos formatos das unidades para que o investimento inicial e a rentabilidade sejam adequados ao potencial do local, segundo Cristina Franco.

Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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