quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ideias que podem fazer o seu negócio brilhar

Integrada ao projeto de arquitetura, a iluminação correta proporciona bem estar e conforto, além de criar o ambiente ideal para o seu restaurante 

Quando o assunto é alimentação, uma imagem pode valer mais que mil sabores. Não basta somente oferecer comida saborosa, é preciso produzir pratos de encher os olhos e ter um ambiente aconchegante, com visual atrativo. Primeira impressão da arquitetura, a iluminação pode ser um bom e eficiente instrumento para isso, possibilitando criar climas, valorizar detalhes e desenhar ambiências em bares e restaurantes. Resultado de diversos fatores estéticos, o que é uma fórmula de sucesso para um, nem sempre se aplica aos demais. Uma atmosfera para o jantar não pode ter tanta luminosidade quanto um espaço destinado ao café da manhã. Nem um barzinho à beira da praia deve ter um projeto de iluminação tão elaborado quanto o de um restaurante luxuoso. “É como colocar muita pimenta na comida errada”, compara o lighting designer Guinter Parschalk, diretor do Studio Ix, escritório especializado em percepção visual e luminotécnica. Ele ressalta que o resultado do aproveitamento da luz deve ser uma equação que leva em consideração quanta luz é ideal para o exercício de determinada atividade no ambiente. “Excesso de luz é tão prejudicial quanto sua ausência”, observa. 


O especialista lembra que a receita ideal para se criar um projeto de iluminação leva mais que a medida certa de luz. É preciso entender o público do estabelecimento, levar em conta aspectos arquitetônicos para a definição do conceito e considerar questões técnicas e elaboradas, como, por exemplo, a luz que incidirá sobre o alimento ou sobre o ambiente como um todo. “Depois de relacionar a necessidade do cliente com o ambiente que ele possui, precisamos tornar o sonho realidade, inovar e, até, causar certa surpresa”, revela. Na hora de definir a iluminação ideal para um bar ou restaurante, Guinter diz que além de conhecer o espaço e suas necessidades, o empresário deve buscar modelos de ambientes que têm a ver com o seu desejo e escolher um bom profissional. “Um serviço dessa natureza, que qualifica o seu restaurante, não pode ser feito por alguém por quem não se tem empatia. Esse profissional precisa entender a relação entre sabor e comida, pois a luz é algo que está muito relacionado a isso tudo. Esse elo é fundamental para se criar fotografias vivas dos ambientes”, reforça. Um aspecto fundamental, de acordo com o designer, é estar atento aos detalhes, como o horário em que o restaurante funciona. Se o estabelecimento opera de dia, as condições de luz são completamente diferentes. “Para se criar um clima de bistrô na hora do almoço, por exemplo, não se pode ter janelas grandes. Durante o dia, o cliente tem um timing diferente, está energizado, vibrante. À noite, ele está mais relaxado, e essa circunstância deve definir a ambiência de luz do restaurante”, explica. Se a luz é a primeira impressão da arquitetura – capaz de criar o clima ideal para um ambiente – sem a iluminação adequada, qualquer investimento em reformas, decoração e bom atendimento cai por terra. Pesquisas demonstram que a luz influencia no comportamento dos consumidores. Níveis mais baixos de iluminação provocam uma diminuição de ruídos, já que as pessoas tendem a falar mais baixo nestes ambientes. Em restaurantes, o tempo de permanência dos clientes também pode ser determinado pelo tipo de iluminação. Para locais onde se espera que o consumidor fique pouco tempo, como restaurantes de fast food, a iluminação é forte, pois estimula a refeição de curta duração. Em cafés e restaurantes de serviços à la carte, os projetos de iluminação buscam propiciar relaxamento e conforto e estimular a permanência prolongada dos clientes. 

Para quem pretende criar ambientes aconchegantes, o ideal é procurar um profissional especializado em luminotécnica. Mas vale lembrar que são os pequenos detalhes que fazem a diferença. Até para quem não tem dinheiro para investir. “Os recursos de iluminação devem condizer com o espírito da casa. Basta ter certo conhecimento técnico e alguma noção estética, mas o que deve prevalecer é a alma do lugar”, conclui Guinter. 

Com informações do Gestão de Restaurantes.

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