quinta-feira, 16 de abril de 2015

Investir para reduzir custos: a saída para um 2015 melhor


As previsões para 2015 certamente não são das mais otimistas. Analistas do mercado financeiro esperam uma retração da economia para este ano, causada pelas recentes medidas de reajuste promovidas pelo Governo e a desaceleração da economia chinesa. Segundo o FMI, economias emergentes, como é o caso do Brasil, serão impactadas pelas revisões para baixo do crescimento nas exportações de matérias-primas. Como lidar e, principalmente, como ainda crescer inserido neste cenário de instabilidade?

Um dos principais segredos para sobreviver a períodos de crise como este é não abrir mão de bons investimentos. Ou seja, não fazer o que a maioria das empresas faz: não se planejar e economizar no curto prazo. Na ânsia por melhorar os resultados, muitas companhias buscam a redução de custos a qualquer preço e deixam de enxergar boas oportunidades. Vislumbram apenas o corte de gastos e o resultado imediato já no balanço do mês seguinte. Este, certamente, não é o melhor caminho. Existem sim, boas alternativas de investimento em épocas de crise.

Temos que ir muito além quando o assunto é reduzir custos e promover o corte de gastos. O “pensar fora da caixa” tem que ser usado nestes períodos, não somente para criar novos produtos. Podemos ser inovadores em investimentos que reduzem custos e aumentar a eficiência das empresas. Nestas épocas de vacas magras, a tecnologia pode ser nosso principal aliado. Processos bem desenhados e enxutos impactam diretamente nos negócios de qualquer empresa, mas no médio/longo prazo. O retorno de investimento é perceptível quando são realizados aportes assertivos em tecnologia, mas é preciso ter calma para atingir os resultados e conseguir combinar as expectativas dos envolvidos.

Investimentos planejados em determinadas tecnologias podem trazer benefícios como o aumento da produtividade dos colaboradores e a otimização de recursos. Pode parecer lugar comum falar sobre estas vantagens, mas elas, de fato, trazem retornos expressivos. A área de compras é onde a empresa mais sente os benefícios de um investimento bem feito em tecnologia e otimização de processos. A transparência, o compliance, a redução de custos são sentido já no início dos projetos. O e-Procurement e as aplicações de Sourcing são exemplos destas tecnologias. São modelos otimizados de compra de produtos e/ou serviços através da internet que se integram aos sistemas de gestão das empresas. Parece simples e óbvio, mas muitas organizações ainda não descobriram as vantagens da automatização dos processos de compras.

Diversas empresas ainda adquirem insumos e suprimentos da maneira tradicional: Uma equipe é responsável por levantar fornecedores para cada item a ser comprado; ocorrem a tomada de preços e abertura de concorrência; depois de decidido o parceiro, iniciam-se as conversas – para adequar preços, taxas e prazos. Além de demandar muito tempo, este ciclo manual também impede as melhores e verdadeiras negociações: descontos de acordo com a quantidade, frequência de compra e tantos outros fatores que influenciam os momentos decisórios.

Investir na implementação de tecnologias como o e-Procurement e o Sourcing é sinônimo de redução de custos com atrasos de entrega, diminuição do tempo da equipe de compras focado em tarefas operacionais e, principalmente, escolha dos melhores fornecedores e negociação dos melhores preços de acordo com as necessidades da sua empresa. Ao mesmo tempo, a automação destes processos promove a competitividade saudável entre os mais diversos fornecedores.

Os motivos para apostas em tecnologia são inúmeros, entretanto, é preciso coragem para levantar esta bandeira e defender os investimentos mesmo com cortes dentro das companhias. O ano de 2015 exigirá esta coragem e as empresas que a tiverem sairão na frente nos próximos anos. Somente com a união de processos e tecnologia será possível melhorar os procedimentos e, por consequência, descobrir as melhores oportunidades de negócios, sobreviver e crescer neste ano de incertezas.

Nei Tremarin é CMO (Chief Marketing Officer) do Mercado Eletrônico

Fonte: Administradores 



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