Se existe um setor que está lucrando hoje, este é o de alimentação saudável, basta reparar em algumas redes de fast-food que estão colocando saladas em seus cardápios, isso mostra a mudança no mercado de alimentação.
Há algum tempo alguns estabelecimentos estão alterando seus menus e investindo em alimentação saudável pensando em como a preocupação com a saúde está influenciando na escolha do consumidor, além de franquias que investem unicamente neste segmento.
Entenda como o setor é promissor e aprenda através de 6 estratégias como aproveitar esse novo mercado.
1. Saúde é a maior preocupação na hora de comer
Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) sobre hábitos alimentares feita com 3 mil pessoas de todas as faixas etárias mostrou que a principal preocupação dos entrevistados na hora de comer é a saúde. Praticidade e prazer também compõem a lista de prioridades dos brasileiros à mesa.
Entre os fatores que influenciam esse resultado estão o aumento da renda, o crescimento da obesidade, o estilo de vida estressante e sedentário dos moradores das grandes cidades e até mesmo a preocupação em seguir um padrão de beleza que associa magreza à saúde.
2. Idade é fator fundamental para mudança de hábitos
A coordenadora do Centro de Altos Estudos da ESPM, Lívia Barbosa salientou que a idade também é fator determinante, a população com mais de 56 anos muda completamente seus hábitos alimentares devido ao medo de doenças cardiovasculares, diabetes, etc. Por isso, adotam dietas balanceadas com mais frequência. O público mais jovem ainda é resistente a esses hábitos, mas com o tempo isso muda. “As empresas devem considerar que o principal fator de mudança de hábitos alimentares é a idade. Um casal sem filhos vai mais a restaurantes e faz refeições menos saudáveis. Mas quando as crianças chegam, esse perfil muda”, explica Lívia.
3. Mercado de alimentos saudáveis vai crescer rápido
Além das inúmeras franquias focadas apenas em alimentação saudável, pesquisas da consultoria Euromonitor mostram que em 2014 as vendas de bebidas e alimentos industrializados relacionados com saúde e bem-estar deverão movimentar US$ 21,5 bilhões no Brasil. Esse mercado ganhará mais adeptos no país ao longo dos anos, então a hora de se estabelecer no mercado é essa para evitar concorrência futuramente. “Cada vez mais, as pessoas vão preferir comprar de empresas que se preocupem verdadeiramente em melhorar a vida de seus clientes”, avalia Ricardo Daumas, diretor da área de foodservice da consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza.
4. Informar bem o cliente é fundamental
“Quem montar agora um negócio no ramo terá de educar os consumidores sobre a importância da alimentação saudável. Só assim o mercado pode crescer mais rápido”, analisa Daumas. É preciso informatizar para vender.
5. Salada no prato não é sinônimo de refeição saudável
Embora as saladas estejam em alta, não basta criar pratos verdes e colocar no mercado mais um negócio focado nisso. É preciso elaborar um cardápio a partir de conceitos nutricionais, que possibilitem uma alimentação equilibrada. “Além disso, a empresa deve ter consistência, e não apenas se valer da imagem de ‘verde”, define Sergio Bocayuva, presidente do Mundo Verde, rede com 25 anos de atuação no mercado.
6. Boa imagem e coerência são fundamentais para o sucesso
Segundo Bocayuva apenas discurso não é suficiente. Ao selecionar um franqueado para a sua rede, ele examina a identificação do futuro empresário com o conceito do negócio. “Um candidato fumante, por exemplo, não nos interessa”, diz o empreendedor. Além disso, o público que hoje consome refeições saudáveis fora de casa é formado em sua maioria por consumidores das classes A e B. São pessoas informadas, capazes de perceber as contradições de uma empresa que adere à onda verde por puro modismo.
“Mas mesmo os consumidores da classe C, que hoje já se interessam por esses produtos, também são criteriosos. E isso só deve se intensificar”, acredita Bocayuva. Além disso, os produtos saudáveis costumam ser mais caros que os demais alimentos, o que aumenta a exigência dos clientes na hora de comprá-los. “A transparência é tudo neste ramo”, conclui.
Com informações do jornal Estado de São Paulo
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