Vários empreendedores utilizam à máxima "o bem
mais valioso de uma empresa são seus funcionários", e especialistas em
recursos humanos afirmam que isso é comprovado quando se percebe a falta que
eles fazem. Além das faltas convencionais por doença, parentes próximos,
existem as faltas que acontecem por vontade do funcionário. Essas ausências
voluntárias são um perigo para a empresa, principalmente as de micro e pequeno
porte, que possuem um grupo pequeno de funcionários.
De acordo com Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação
da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Nacional (ABRH), a ausência de
um funcionário pode representar um problema quando ultrapassa dez dias por ano.
"Não existe abstenção zero. As pessoas tiram férias, licença, ficam
doentes, precisam resolver questões pessoais importantes durante o período de trabalho.
O que o empresário pode fazer é lidar com aquelas faltas passíveis de
gerenciamento", explica Rosa.
Segundo o especialista, essas faltas sem explicações
podem ser sintomas de um problema maior, e caso se espalhe por toda a equipe
pode gerar um problema ainda maior. “Na maior parte dos casos, é um problema
com a liderança, de gestores que sabem apenas dar ordens, não mantêm suas
equipes motivadas e não reconhecem esforços", afirma.
Uma das características mais defeituosas de um líder
encontra-se o controle exagerado da rotina dos funcionários. "É aquele
chefe que pergunta até o motivo de você levantar da cadeira", completa.
Designar trabalho sem a efetiva orientação de como fazer também é, segundo ele,
outro mau comportamento desses gestores.
Salários ruins e benefícios pouco atrativos também
podem tornar-se um problema. Segundo Luiz um funcionário que ache o salário não
condizente com o mercado pode ficar desinteressado e descontente. "E eles
não hesitam em mudar de empresa", orienta.
O que fazer para diminuir as abstenções
Como em muitos problemas a solução é o dialogo, "O
empresário tem de conversar com a pessoa que falta e, se o problema apontado
for o líder, deve ouvir outras pessoas da equipe para a confirmação da situação
e, então, falar com o próprio gestor", aconselha Rosa. O empreendedor deve
a partir disso criar um plano de ação para valorizar o funcionário e ter um
líder que de fato trabalhe em prol da equipe.
Quando quem tem pouca habilidade com a gestão de
pessoas é o próprio dono do negócio, ele deve buscar aperfeiçoamento ou
contratar quem saiba lidar melhor com o assunto. "O ideal é que, antes de
abrir uma empresa, a pessoa já faça uma autoanálise para ver quais competências
não estão bem desenvolvidas. A partir disso, pode procurar cursos e
consultorias que lhe ajudem a desenvolver tais habilidades", completa o
executivo da ABRH-Nacional.
Com informações do Terra
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