quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Setor de alimentação representa 50% das franquias no Brasil


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada R$ 100 reais que o brasileiro gasta com comida, R$ 31 são investidos em comida fora de casa. Essa quantia representou 40% de aumento nos últimos 5 anos e deve crescer ainda cerca de 50% até 2020 segundo estimativa do órgão. Isso acontece por causa do tempo do brasileiro que está mais curto, afinal, a correria do dia a dia impede você de voltar pra casa para almoçar. A resposta do setor produtivo ao novo modo de consumo das famílias tem sido imediata, provocando uma corrida de empresários para o segmento, no qual os negócios estão se multiplicando com investimentos brasileiros e do capital internacional.

Dados da consultoria Global Franchise Net indicam que nos próximos 10 anos o ramo de alimentação vai possuir 50% das franquias pelo Brasil. O que significa dizer que serão aproximadamente 2 mil marcas só no segmento. Como a renda da população aumentou, o ato de comer fora que também é visto como uma forma de lazer cresceu. Há cinco anos, a proporção dos gastos com refeições fora de casa não ultrapassava R$ 21 a cada R$ 100. A estimativa é que em oito anos o valor atinja R$ 45, número parecido com os gastos dos americanos em que quase 50% das despesas com alimentos não é feita em casa.

“A ascensão das novas classes sociais está levando um contingente muito grande de pessoas a buscar esses mercados, o que não existia até bem pouco tempo atrás”, diz Paulo César Mauro, diretor-presidente da Global Franchise Net. O interesse pelos gastos do brasileiro na alimentação fora do lar se amplia também por parte de redes estrangeiras interessadas em propagar por aqui modelos internacionais de comida pronta, que vão da culinária caribenha a sorvetes refrescantes. “Recebemos pelo menos uma consulta por semana de grupos internacionais interessados em abrir negócios por aqui.” Para citar alguns exemplos de redes que estão negociando sua vinda para o Brasil, Mauro aponta os grupos americanos Sbarro, rede de comida italiana, a Pollo Tropical, com sabores inspirados na culinária caribenha, e o Arábica Café, que opera modelo parecido com a cafeteria Starbucks, além da franquia Sub Zero, especializada em sorvetes e iogurtes e que permite ao cliente escolher os ingredientes utilizados na produção.

Opção de investimento

O interesse pelo setor é impulsionados também pela queda da taxa básica de juros (Selic). Com a renda menos atraente nos fundos de investimentos, montar o próprio negócio é uma alternativa para fazer o dinheiro render. Paulo César Mauro cita também o retorno do negócio.

“O mercado de franquias tem crescido próximo de 17% ao ano. É difícil corrigir o capital nessa proporção com investimentos financeiros”, defende. Em nove anos, os gastos dos brasileiros com alimentação fora do lar dobraram, atingindo R$ 121,4 bilhões no ano passado, segundo dados do Instituto Data Popular. A pesquisa apontou também que a classe C corresponde a 54,6% do contingente da população que come fora de casa.

A Global Franchise Net afirmam mostram ainda que o retorno para este tipo de investimento costuma ser de 35% ao ano sob o valor investido, e a participação do franqueado varia entre 3% e 10%. “Para quem não tem o capital inicial, antes de procurar o banco o melhor é tentar conseguir um sócio”, alerta Mauro.

Com informações do Diario de Pernambuco.

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