Empreender não exige uma criatividade inatingível. É possível inovar no atendimento, escolher um nicho inusitado ou optar por um produto sustentável
Todo aquele que coloca em prática uma iniciativa para aproveitar uma oportunidade ou sair de uma crise é um empreendedor. A motivação para empreender não deve ser a busca pelo lucro, mas a necessidade de se sentir realizado, bem-sucedido, ou de fazer diferença no mundo, gerendo valor para a sociedade.
Há aqueles que alcançam esse objetivo ao abrir um negócio; outros, com projetos dentro da empresa em que trabalham ou na própria comunidade. A essência do empreendedorismo está na disposição em tentar algo novo para suprir uma necessidade interna ou externa, e na resiliência para lidar com a frustação e o fracasso inerentes ao processo.
Persistência, perservença e comprometimento são fundamentais, já que os resultados nem sempre vêm na quantidade e no prazo idealizados. Além disso, empreenderores de sucesso são unâmimes em dizer que a inovação, o planejamento e monitoramento constantes são determinantes para a concretização de uma ideia.
É possível empreender fazendo mais do mesmo. Mas o grande diferencial está em trazer um novo olhar para alguma atividade tradicional, incorporando algo que chame a atenção do público-alvo. Se observarmos o mercado ultimamente, veremos que muitos empreendimentos não chegam a criar algo inusitado. Em vez disso, sugerem novas propostas a partir de produtos e serviços já existentes, seja na forma de atendimento ou de comercialização. É o caso dos pet shops em veículos movéis, dos picolés feitos artesanalmente e dos food trucks - todos negócios que já conhecíamos de alguma forma.
Ao pensar na proposta de um empreendimento, podemos inovar na escolha de matérias-primas, na oferta do produto em lojas virtuais ou na escolha de um público específico. Oferecer um produto on-line já não parece novo – mas o empreendedor ficaria surpreso ao descobrir as oportunidades de negócio que ainda existem. Atualmente, dá para comprar pela internet alimentos, roupas, bijuterias e muitos outros, inclusive com a opção de serem customizados.
Por que não fugir das ofertas tradicionais de produtos que visam apenas a ostentação, e em vez disso trabalhar com itens que atendam as necessidades da sociedade, em harmonia com os preceitos da sustentabilidade? Por que não utilizar materiais naturais, reciclados e sintéticos, e dar início a um empreendimento com comidas veganas, ou que venda bolsas e sapatos sem utilização de couro de animais? No Brasil, a reutilização e a reciclagem ainda são praticados de forma marginal, quando poderiam ser os protagonistas de uma nova revolução industrial.
A inovação também pode estar na segmentação do público. Muitos empreendedores visam oferecer seus produtos ou serviços para públicos mais específicos. Um item comum de vestuário pode ser vendido para pessoas acima do peso, idosos, adolescentes, bebês, entre tantos outros. Há, também, os que buscam alvos ainda mais exclusivos: público LGBT, evangélicos, alérgicos a alguma substância, etc.
Empreender não exige uma criatividade inimaginável ou inatingível. Basta entender seu público e verificar de que forma seu negócio pode ajudá-lo. É assim que empreendedores desenham novos produtos, serviços e modelos de negócios. Mas, para isso, é preciso colocar as ideias inovadoras em prática com determinação. É a paixão pelo que se faz que dá sentido a tudo e que leva à conquista de parceiros, clientes e colaboradores leais e dedicados.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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