"No primeiro ano, vendemos 70 mil aparelhos, mas em 2013 foram 8 milhões", disse o fundador, que agora conta com faturamento de U$ 320 mi
Apesar de fãs da Apple e da Samsung se enfrentarem em discussões sobre quem é melhor ou passarem horas em filas, ansiosos pelos produtos, muitos compradores ainda buscam a qualidade de um bom smartphone sem precisar pagar os altos preços de um Galaxy ou iPhone. A líder do mercado chinês, por exemplo, é a Xiaomi, fundada em 2010, que conseguiu destronar nomes como Sony e LG e se tornar a 5ª maior fabricante de smartphones do mundo.
Outro exemplo é a BLU. Apesar de ter sede em Miami, nos EUA, seu fundador é Daniel Ohev-Zion, nascido em São Paulo, na Barra Funda. Após se mudar para os EUA em 1981, para trabalhar com o comércio de eletrônicos, vendendo filmadoras e videocassetes. Em 1994 passou a vender celulares, até a crise de 2008, quando viu que poderia aproveitar as pessoas que não estavam ligadas a operadoras e não tinham como pagar os altos preços dos aparelhos desbloqueados.
Assim nasceu a BLU. "No primeiro ano, vendemos 70 mil aparelhos, mas em 2013 foram 8 milhões", contou Daniel a O Globo. "Este ano a projeção é vender 15 milhões de celulares", completou.
Mesmo com o faturamento de US$ 320 milhões em 2013, Daniel mantém a humildade e simplicidade de um negócio familiar: a esposa e os três filhos trabalham na BLU. O mais velho, Samuel, se tornou o diretor executivo da empresa. Ao todo são 300 funcionários no escritório localizado no centro de Miami.
"Quando chegamos nos EUA, não tínhamos familiares aqui, um tinha que cuidar do outro. Nós criamos esse ambiente e o mantemos na empresa. E isso é positivo para os nossos produtos. Uma grande fabricante, como a Samsung, faz várias reuniões para tomar uma decisão. Aqui, o funcionário bate na minha porta e fala comigo", diz Ohev-Zion.
O desenvolvimento dos projetos dos aparelhos é da BLU, mas a fabricação é chinesa, assim como as gigantes do mercado. Ainda que pague um pouco mais caro por causa das encomendas menores, utilizando os mesmos componentes das concorrentes, consegue oferecer o produto final a um preço mais atraente por causa dos baixos custos operacionais.
"Os nossos custos operacionais são muito menores. Os US$ 14 bilhões que a Samsung gasta por ano em marketing estão embutidos no preço do telefone", diz Daniel.
Comercializada em 45 países, a BLU ainda é pouco conhecida pelo público brasileiro. A empresa passou a distribuir seus aparelhos por aqui há poucos meses e apresenta dificuldades em negociar com grandes varejistas. Com portfólio extenso (33 modelos, entre celulares comuns e smartphones), o preço fica bem abaixo do da concorrência.
Com informações de O Globo
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