Com uma previsão modesta de crescimento econômico, 2015 começará com um tom de cautela no ar. Principalmente, quando o assunto é mercado de trabalho.
Uma vez que a ordem do dia será cortar custos, deve ganhar pontos quem tiver no "job description" as coordenadas para isso - seja ao tornar a linha de produção mais eficiente ou encontrar brechas na lei que reduzam a carga tributária, por exemplo.
Outras apostas de profissões em alta estão na indústria de óleo e gás, setor de tecnologia e financeiro, entre outros. Confira:
1. Engenheiro civil
Com o aquecimento imobiliário em alta, a expectativa da Michael Page é que as obras de infraestrutura decolem. Para Rafael Souto, CEO da Produtive, os eventos esportivos também podem puxar a demanda.
O que faz: Está presente em todo o processo da construção: projeta, gerencia e executa obras de infraestrutura.
Perfil: Formação em engenharia civil, pós-graduações e especializações na área são um diferencial.
2. Engenheiro mecânico
A demanda por engenheiros mecânicos continua alta em diversos setores da economia, de acordo com Karim Warrak, sócio-diretor da consultoria Asap.
O que faz: É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, projeto, construção e manutenção de máquinas e equipamentos.
Perfil: Conhecimentos específicos no setor de atuação, perfil analítico, visão sistêmica, foco em otimização de recursos, busca constante por melhorias de processos e projetos. Inglês é diferencial.
3. Engenheiro naval para a indústria offshore
A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi aberta em 2013 e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo até os próximos anos. E, nesta linha, está incluída a área de construção de embarcações de apoio para a indústria offshore.
O que faz? Atua desde a execução do projeto do navio até a produção efetiva da embarcação, segundo Leonardo de Souza, da Michael Page.
Perfil: Formação em engenharia naval
4. Gerente de operações de logística para a indústria offshore
A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi aberta em outubro e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo nos próximos meses.
O que faz? “Ele é responsável por garantir que o serviço será executado”, diz Leonardo de Souza, da Michael Page.
Perfil: Formação em engenharia, administração, entre outras. “A função, geralmente, é aprendida em cursos complementares”, diz o especialista.
5. Engenheiro especializado em óleo e gás
Até 2017, o setor de petróleo e gás deve liderar a atração de investimentos na indústria. Mas, ainda, há poucos profissionais qualificados e disponíveis no mercado.
O que faz: Comanda e gerencia projetos na área de exploração de petróleo e gás.
Perfil: Conhecimentos específicos no setor, perfil analítico, visão sistêmica, foco em otimização de recursos, busca constante em melhorias de processos e projetos. Inglês é diferencial.
6. Geólogos
“Hoje, no Brasil, não existem profissionais com experiência de mercado que supram as novas demandas das empresas”, diz Karim Warrak, sócio-diretor da consultoria Asap.
O que faz: Faz a pesquisa e avaliação do solo em locais de escavação, perfuração e áreas de construção. Mapeamento de recursos minerais em áreas de exploração.
Perfil: Formação em geologia, perfil analítico, conhecimentos nas áreas de investigação geológica/geotécnica, habilidade em interpretação de dados, atuação com planejamento e acompanhamento de campanhas para levantamento de informações técnicas. Inglês é diferencial.
7. Gerente de compras voltado para área de engenharia
A palavra de ordem é otimizar processos e, em engenharia, a eficiência do departamento de compras impacta diretamente o custo da operação. “Antes, as empresas esperavam os problemas aparecerem para resolver e isso atrasava os projetos”, diz Caio de Mase, da Robert Walters.
O que faz: É ele quem bate o martelo sobre o que, quando e em que quantidade comprar.
Perfil: Dependendo da atividade da empresa é necessário ter especialização. Como o cargo é parte do setor de engenharia, a formação na área é importante, assim como experiência anterior.
8. Gerente de lean-manufacturing
As empresas apertaram os cintos. A meta, agora, é investir em produtividade e busca por eficiência e otimização.
O que faz: É o profissional que analisa o processo industrial para descobrir estratégias mais eficientes de menor custo e com menos perdas. “Tradicionalmente, é empregado pela indústria, mas o setor de serviços também tem buscado”, diz Juliano Balarotti, da Hays.
Perfil: Formação na área de Exatas - destaque para os cursos de engenharia.
9. Gerente/diretor de Supply Chain/ operações de logística
“O desafio das empresas está no impacto do serviço ou prazo para entrega”, diz Luis Gustavo Mariano, sócio da Flow Executive Finders. Rafael Souto, CEO da Produtive concorda. Para ele, a dificuldade de repasse do aumento de custos para o público final faz com que as corporações se movimentem para reduzi-los junto aos fornecedores.
O que faz: É responsável pela movimentação de materiais nas operações, seja pelo recebimento, movimentação interna ou distribuição dos produtos. “Hoje, o diretor da área precisa se preocupar em entregar mais rápido, de um jeito mais barato e da forma mais eficiente possível”, diz Mariano.
Perfil: Formação em engenharia, administração e comércio exterior. Conhecimentos em PCP, Compras, Suprimentos, Logística e trâmites de importação e exportação são requisitos.
10. Executivo de Segurança Física
As empresas sentem necessidade de um profissional familiarizado com os processos e com pessoas, de acordo com Roberto Bonito, gerente executivo da divisão de engenharia e logística da Talenses. “O fato de o Brasil estar em um ano de muita movimentação de estrangeiros, aumenta ainda mais a demanda”, explica.
O que faz: É responsável pelos projetos de segurança das empresas. Interage com alto escalão de executivos da empresa e cuida de contratos milionários com empresas prestadoras de serviços de segurança.
Perfil: É preciso ter inglês fluente e visão estratégica de negócios, além de experiência na segurança de pessoas.
Fonte: Exame