sexta-feira, 28 de novembro de 2014

10 profissões promissoras para 2015, segundo recrutadores

Com uma previsão modesta de crescimento econômico, 2015 começará com um tom de cautela no ar. Principalmente, quando o assunto é mercado de trabalho. 




Uma vez que a ordem do dia será cortar custos, deve ganhar pontos quem tiver no "job description" as coordenadas para isso - seja ao tornar a linha de produção mais eficiente ou encontrar brechas na lei que reduzam a carga tributária, por exemplo.

Outras apostas de profissões em alta estão na indústria de óleo e gás, setor de tecnologia e financeiro, entre outros. Confira:

1. Engenheiro civil

Com o aquecimento imobiliário em alta,  a expectativa da Michael Page é que as obras de infraestrutura decolem. Para Rafael Souto, CEO da Produtive, os eventos esportivos também podem puxar a demanda.

O que faz:  Está presente em todo o processo da construção: projeta, gerencia e executa obras de infraestrutura.

Perfil: Formação em engenharia civil, pós-graduações e especializações na área são um diferencial. 

2. Engenheiro mecânico

A demanda por engenheiros mecânicos continua alta em diversos setores da economia, de acordo com Karim Warrak, sócio-diretor da consultoria Asap.

O que faz: É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, projeto, construção e manutenção de máquinas e equipamentos.

Perfil: Conhecimentos específicos no setor de atuação, perfil analítico, visão sistêmica, foco em otimização de recursos, busca constante por melhorias de processos e projetos. Inglês é diferencial.

3. Engenheiro naval para a indústria offshore

A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi aberta em 2013 e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo até os próximos anos.  E, nesta linha, está incluída a área de construção de embarcações de apoio para a indústria offshore.

O que faz? Atua desde a execução do projeto do navio até a produção efetiva da embarcação, segundo Leonardo de Souza, da Michael Page.
Perfil: Formação em engenharia naval

4. Gerente de operações de logística para a indústria offshore

A temporada de leilões dos campos do pré-sal foi aberta em outubro e deve movimentar toda a cadeia produtiva de petróleo nos próximos meses.

O que faz? “Ele é responsável por garantir que o serviço será executado”, diz Leonardo de Souza, da Michael Page. 

Perfil: Formação em engenharia, administração, entre outras. “A função, geralmente, é aprendida em cursos complementares”, diz o especialista. 

5. Engenheiro especializado em óleo e gás

Até 2017, o setor de petróleo e gás deve liderar a atração de investimentos na indústria. Mas, ainda, há poucos profissionais qualificados e disponíveis no mercado.

O que faz: Comanda e gerencia projetos na área de exploração de petróleo e gás.
Perfil: Conhecimentos específicos no setor, perfil analítico, visão sistêmica, foco em otimização de recursos, busca constante em melhorias de processos e projetos. Inglês é diferencial.

6. Geólogos

“Hoje, no Brasil, não existem profissionais com experiência de mercado que supram as novas demandas das empresas”, diz Karim Warrak, sócio-diretor da consultoria Asap.

O que faz: Faz a pesquisa e avaliação do solo em locais de escavação, perfuração e áreas de construção. Mapeamento de recursos minerais em áreas de exploração.

Perfil: Formação em geologia, perfil analítico, conhecimentos nas áreas de investigação geológica/geotécnica, habilidade em interpretação de dados, atuação com planejamento e acompanhamento de campanhas para levantamento de informações técnicas. Inglês é diferencial.

7. Gerente de compras voltado para área de engenharia

A palavra de ordem é otimizar processos e, em engenharia, a eficiência do departamento de compras impacta diretamente o custo da operação. “Antes, as empresas esperavam os problemas aparecerem para resolver e isso atrasava os projetos”, diz Caio de Mase, da Robert Walters.

O que faz: É ele quem bate o martelo sobre o que, quando e em que quantidade comprar.

Perfil: Dependendo da atividade da empresa é necessário ter especialização. Como o cargo é parte do setor de engenharia, a formação na área é importante, assim como experiência anterior.

8. Gerente de lean-manufacturing

As empresas apertaram os cintos. A meta, agora, é investir em produtividade e busca por eficiência e otimização.

O que faz: É o  profissional que analisa o processo industrial para descobrir estratégias mais eficientes de menor custo e com menos perdas. “Tradicionalmente, é empregado pela indústria, mas o setor de serviços também tem buscado”, diz Juliano Balarotti, da Hays.

Perfil: Formação na área de Exatas - destaque para os cursos de engenharia. 

9. Gerente/diretor de Supply Chain/ operações de logística

“O desafio das empresas está no impacto do serviço ou prazo para entrega”, diz Luis Gustavo Mariano, sócio da Flow Executive Finders. Rafael Souto, CEO da Produtive concorda. Para ele, a dificuldade de repasse do aumento de custos para o público final faz com que as corporações se movimentem para reduzi-los junto aos fornecedores.

O que faz: É responsável pela movimentação de materiais nas operações, seja pelo recebimento, movimentação interna ou distribuição dos produtos. “Hoje, o diretor da área precisa se preocupar em entregar mais rápido, de um jeito mais barato e da forma mais eficiente possível”, diz Mariano.

Perfil: Formação em engenharia, administração e comércio exterior. Conhecimentos em PCP, Compras, Suprimentos, Logística e trâmites de importação e exportação são requisitos.

10. Executivo de Segurança Física

As empresas sentem necessidade de um profissional familiarizado com os processos e com pessoas, de acordo com Roberto Bonito, gerente executivo da divisão de engenharia e logística da Talenses. “O fato de o Brasil estar em um ano de muita movimentação de estrangeiros, aumenta ainda mais a demanda”, explica.

O que faz: É responsável pelos projetos de segurança das empresas. Interage com alto escalão de executivos da empresa e cuida de contratos milionários com empresas prestadoras de serviços de segurança.

Perfil: É preciso ter inglês fluente e visão estratégica de negócios, além de experiência na segurança de pessoas. 

Fonte: Exame 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Falência e Recuperação de Empresa

Certamente o livro será de grande valia para estudantes e profissionais militantes no Direito de Empresa, sendo fonte segura de doutrina.



Obra, eminentemente didática, elaborada com o escopo de apresentar um estudo adequado e sistemático ao novo regime da insolvência empresarial, instituído pela Lei nº 11.101/2005, propondo soluções hermenêuticas a partir de diversos problemas detectados pelo autor no texto legal.

O livro propicia ampla abordagem dos temas tratados pela hodierna legislação, sempre com a visão crítica e o posicionamento de seu autor, sem, entretanto, perder a objetividade. 

Fonte: Administradores 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

8 regras que vão facilitar sua vida em todos os aspectos

Comunicação é a chave. Dominá-la conscientemente é pré-requisito para o sucesso


É impossível aprendê-la na escola, embora pertença a uma classe das habilidades mais importantes de nossas vidas. Cada um de nós aprende isso, No entanto, existem poucos professores que ensinam. Não há nada sobre isso em programas de TV, mas é usada em todos os lugares. A sobrevivência da espécie depende de sua qualidade. Os animais e tribos que a operam predominam sobre os outros. 

A grande maioria das pessoas está inconsciente disso e isso está automatizado em suas vidas. Isso não dá qualquer chance de mudar hábitos aprendidos na infância. É sobre comida? Sobre a respiração? Não. Trata-se de uma comunicação consciente. Neste artigo, você descobrirá como as regras a seguir reduzem significativamente o número de erros de comunicação que são cometidos inconscientemente pela grande maioria das pessoas.

1. O que você diz você pode executar?

A regra número um - se você diz algo, você deve ter certeza que você pode executar o que está sendo dito. Caso contrário, a comunicação verbal não pode ser realizada. Se você ouvir: "Esqueça o número 4", você não será capaz de executar isso porque o processo de esquecimento não é possível. Este comando faz exatamente o efeito oposto - uma pessoa se lembra do que é suposto ser esquecido e, em consequência, reforça a informação que deve ser removida.

A situação é semelhante quando se trata de pais conversando com seus filhos: "Seja bom" (ou qualquer outro adjetivo). O verbo "ser" não é factível, porque é impossível "não ser". As crianças não entendem isso e ficam confusas, deixando os pais confusos também. Tente apontar o que você realmente quer dizer e tenha certeza de que é possível fazer isso, a fim de obter resultados físicos.

2. O que você diz é expresso precisamente?

"Seja bom", "Comporte-se", "Motive-se". Você sabe o que isso significa? Não, pois essa comunicação é privada de precisão e por isso é possível interpretá-la de muitas maneiras diferentes. Como resultado esse tipo de comunicação te traz qualquer resultado completamente diferente do esperado.

Em vez de "seja bom" diga a criança exatamente o que você quer, por exemplo: "coloque o brinquedo na prateleira com outros brinquedos". Em vez de "comporte-se", diga "Por favor, fale mais baixo". Não exija "motive-se" porque é impossível entendê-lo. Tente sugerir para o outro para ficar em pé, falar alto e falar sobre uma situação em que ele sente entusiasmo. O que você diz deve ser expresso com precisão - esta é a regra número dois.

3. O que você diz é expresso positivamente?

Você está oferecendo algo para beber a alguém, então você oferece uma xícara de café. A resposta é “não, obrigado”. Então você oferece um chá. Novamente você ouve um "não, obrigado". Suco de laranja? "Não". Um shot de vodka? "Não". Quanto tempo você precisa para ficar irritado? A negação em si é reativa - refere-se à realidade que já existe sem a criação de um futuro construtivo, deixando o interlocutor sem a possibilidade de resolver o problema. Particularmente, isso tem as suas consequências para as crianças que ouvem o que não fazer, pois assim elas não serão capazes de desenvolverem atitude pró-ativa na busca de soluções.

Além disso, o cérebro não reconhece negações - a sugestão de que você não deve pensar em um elefante rosa termina em fracasso, porque o cérebro processa o que você ouve (apesar da negação). Da próxima vez, se alguém lhe disser "Eu não quero me apegar a você, mas...", isso significa, obviamente, que ele ou ela quer ser como um carrapato em sua vida. Ao invés de dizer ao empregado "Não fale com o cliente desta forma", explique como exatamente você quer que ele fale com essa pessoa. Esta é a regra número três - o que você diz deve ser expresso de forma positiva.

4. O que você diz é uma mensagem para o outro ou para você mesmo?

"Entenda isso", "Ouça o que estou dizendo", "Sinta o que...". O outro lado não é capaz de compreendê-lo como você deseja ser compreendido, porque isso só pode ser feito por você. Ninguém pode ser responsável pelos processos mentais e emocionais da outra pessoa, porque é sempre você quem decide em última instância o que você sente e pensa (independentemente do fato de que o interlocutor seja um estímulo).

O outro lado também não pode saber o que você quer dizer e você não pode ser sentido como você deseja. No entanto, ele pode entender você em sua própria maneira, como ele imagina, sente e interpreta, isto é, de acordo com filtros cognitivos próprios. Se você compreender a si mesmo, você sabe que tipo de mensagem você deseja entregar e assim será possível entregar a mensagem para o outro lado. A regra número quatro é lembrar que você tem que tomar a responsabilidade para si e dá-la a outras pessoas.

5. O que você diz é uma descrição dos fatos mensuráveis ou é uma leitura mental?

"Eu vejo que você está se sentindo para baixo hoje, triste com algo". Não, o que você vê são lágrimas causadas por cortar a cebola.

"Eu sei o que você vai dizer agora". Não, você não sabe. Você apenas se lembra de uma situação semelhante e o que eu disse da última vez.

"Esta foto me diz que você foi infeliz naquele tempo". Não, fotos não dizem. É apenas a maneira que você interpreta e então você coloca sua interpretação nesta foto. É um erro de atribuição (fotos não têm capacidade de falar) e projeção (crença, que nós pensamos exatamente o mesmo que o nosso interlocutor).

Na verdade, a leitura dos processos mentais é difícil (até hoje não foram encontradas na psicologia soluções claras para, por exemplo, a linguagem do corpo) e na comunicação isso é ainda mais limitado - na prática é quase sempre impossível. Estima-se que a grande maioria das comunicações via e-mail é distorcida - isso significa que a recepção da mensagem é diferente da intenção do autor.

No entanto, a descrição de fatos é objetiva e ajuda a evitar muitos conflitos, como por exemplo, o tratamento de seu próprio julgamento como uma descrição objetiva da realidade. Este erro pode ser visto no exemplo a seguir:

- Você parece nervoso
- Não, eu não sou.
- É mesmo? Eu posso ver que você é.

Portanto, lembre-se sobre a regra número cinco de comunicação consciente - descreva fatos mensuráveis em vez de tentar ler mentes.

6. O que você diz descreve como você se sente ou é um ataque ao outro?

Normalmente, o ataque ao interlocutor leva a envolver-se em seus mecanismos de defesa do ego, para a proteção da autoimagem. Dizer ao parceiro "Você não me ama" provavelmente causará uma negação (Mas eu te amo), uma retaliação (Você sempre me tem aqui!), uma escalada do conflito (Quantas vezes você vai inventar problemas que não existem?). É melhor você começar a falar sobre seus próprios sentimentos em vez de atacar. É de caráter educativo, informativo e é seguro para a integridade do interlocutor.

No exemplo acima, em vez de "Você não me ama", a mensagem "Ontem, você disse que eu não fiquei bem neste vestido, eu me senti triste" seria mais eficaz. O interlocutor poderia dizer que aquela não era a intenção e em seguida você pode esclarecer dizendo "Eu entendo isso e eu estou feliz que você tinha outras intenções. Ao mesmo tempo eu entendi dessa forma”. A regra número seis o protege de conflitos. Certifique-se de quando você descreve seus sentimentos, você não ataque o interlocutor.

7. O que você diz se refere à pessoa ou ao comportamento?

Falar sobre o ser humano é sempre uma generalização, normalmente se está generalizando casos individuais. Este nível de avaliação - independentemente do resultado positivo (Você é muito inteligente) ou negativo (Você é completamente estúpido) - cria uma imagem irreal de si mesmo na cabeça do interlocutor. Irreal porque cada homem teve seus momentos em que ele se comportou como uma pessoa brilhante ou estúpida (dependendo da opinião de uma pessoa, pois não existem critérios objetivos de inteligência e estupidez).

Esta imagem forma um sentimento determinado de autoestima e a própria mensagem descreve aparentemente a realidade que não permite alterações. Se alguém é "estúpido", é impossível fazer qualquer coisa com ele. Portanto, é mais eficaz quando nos referimos ao comportamento do interlocutor, porque é mais fácil mudar um comportamento do que a personalidade. Ao invés de dizer "você é estúpido", diga "Antes de ver o cliente, por favor, leia mais sobre a empresa que você vai visitar". Em vez de dizer "você é sábio", diga "Quando você expressou sua opinião sobre esse filme, você me inspirou a vê-lo". A regra número sete ensina a falar sobre o comportamento das pessoas não sobre si mesmas.

8. O que você diz é de caráter direto ou tem uma intenção oculta?

"Querida, não têm quaisquer outros vestidos lindos?". Não é uma pergunta sobre outros vestidos, mas é um comentário negativo sobre este em particular. Palavras como "O que diabos você está pensando?" Não visam saber a opinião do outro lado, mas visam à expressão de frustração. As mensagens com duplo sentido expressam conteúdo que é diferente da real intenção do interlocutor, reduzem a confiança do interlocutor adulto e não são compreendidas pelas crianças. Construir relacionamento sem confiança é impossível. Quanto mais direta a mensagem (seguindo as devidas regras de correção social e sensibilidade do interlocutor ao feedback) mais honestidade e facilidade na aceitação de uma mensagem positiva. Sendo assim, a regra número oito - se você deseja entregar sua mensagem, deve ser claro e direto.

A implementação destas regras exige uma prática sistemática. Alguns desses erros de comunicação (por exemplo, dizendo empregados ou crianças o que não fazer) são tão prevalentes e, apesar de sua disfunção, eles são considerados um "padrão".

Felizmente, cada habilidade pode ser praticada e a melhor maneira de realizá-la é se concentrar em uma técnica por pelo menos uma semana. Claramente, o número de enganos e os conflitos serão reduzidos. Boa sorte!

Fonte: Administradores 



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Governo cria Empresômetro para ajudar micro e pequenas empresas


A Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) anunciou nesta terça-feira, 18, uma nova ferramenta estatística relativa às micro e pequenas empresas integradas ao Simples Nacional. Por meio do Empresômetro – nome da nova ferramenta – será possível obter informações em tempo real sobre essas empresas, de forma a, além de dar transparência a este setor, auxiliar na definição de políticas públicas mais adequadas.

Segundo o ministro da SMPE, Guilherme Afif Domingos, trata-se basicamente de uma política de incentivo ao crescimento das empresas. “O Empresômetro será um belo instrumento para aferir o que acontece com o empreendedorismo no Brasil, lastreado na micro e na pequena empresa. Vamos mostrar isso no dia a dia, porque as informações serão disponibilizadas em tempo real”, disse o ministro durante a cerimônia de lançamento da ferramenta.

“Vamos mostrar no dia a dia o número de empresas que abrem e fecham, setor por setor; município por município, criando inclusive uma competição muito interessante entre municípios. Será uma briga, um concurso e uma competição muito sadia sobre empreendedorismo, porque quem gera emprego e renda, sem dúvida é a micro e a pequena empresa”, argumentou o ministro.

Para o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana – representante também da Confederação Nacional do Comércio (CNC) no evento – o Empresômetro será “importante também para a definição de políticas públicas”.

Fonte: O Povo

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Proposta de limite até quatro vezes maior para o Simples

Estudo encomendado pelo Governo servirá de base para ampliação do teto do Simples



O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), Guilherme Afif Domingos, revelou ontem que o Governo Federal analisa ampliar o faturamento anual do Simples Nacional de R$ 3,6 milhões para R$ 7,2 milhões. No caso da indústria, a proposta é teto de R$ 14,4 milhões - quatro vezes maior que o atual. A proposta é o próprio estudo encomendado pelo Governo à Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Fundação Dom Cabral e apoio da Fipe e do Insper.

Além do limite de enquadramento, indica a redução das faixas de tributação. “Passaremos das atuais 20 faixas para apenas sete. De seis faixas (para o tipo de empresas), teremos apenas uma para a indústria, uma para o comércio e uma para serviços”, salientou Afif Domingos. A última será dividida em dois grupos, porque gera ou não empregos.

O estudo, que ficou pronto ontem, foi comandado por Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, cotado para assumir esse ministério no próximo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Também contribuiram o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Receita Federal. Conforme Afif, na semana que vem, a Receita vai dar um parecer sobre o trabalho.

O ministro ressaltou que a presidente Dilma deve levar a proposta ao Congresso Nacional ainda em 2014, mas a implementação deve ficar mesmo para 2015.

“A graduação fará a empresa crescer feliz. Hoje, ela tem medo de crescer, consequentemente de pular de faixa. Por isso, o programa é de incremento, de incentivo ao crescimento. Acho que conseguiremos bom termo e, com o crivo da Receita, chegará às mãos da presidenta Dilma”.

Impacto no Ceará

O Simples Nacional unifica oito tributos cobrados pela União, estados e municípios. Caso seja implementado como está no estudo, muitas empresas no no Ceará passariam a se enquadrar e, com isso, pagariam menos impostos. Certamente, causaria prejuízos na arrecadação, principalmente, a estadual. Essa é a análise do diretor-técnico do Sebrae-Ce, Alci Porto.

“Essencialmente tem um impacto muito intenso. Vai precisar ter regulamentação de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto) dos estados. Enquadrar empresas com R$ 14,4 milhões em São Paulo é diferente de enquadrar no Ceará. Aqui e em outros estados seria um universo muito amplo”, analisa o diretor-técnico.

Alci defende que o teto do Simples não seja igual em todo o País. “Só (seria igual) se o Governo Federal estiver já pensando em uma ampla reforma tributária. Essas mudanças certamente serão analisadas também pelos governadores e secretários de fazenda”, ressalta.

Em outra análise, o diretor avalia que o aumento do teto vai estimular as empresas a crescerem sem medo de perder os benefícios do Simples, além de deixarem a prática de abrir outra empresa quando a primeira chegar ao teto de faturamento.

O Ceará tem cerca de 322 mil empresas enquadradas no Simples Nacional. Estão incluídos Empreendedores Individuais (faturamento anual até R$ 60 mil); Micro Empresas (limite anual de R$ 360 mil) e Pequenas Empresas (até R$ 3,6 milhões), revela Alci. Do total, 64% é do ramo de comércio, 19% indústria e 17% está no serviço. Também do total, 47% é Empreendedor Individual. (com agência Estado)

 SERVIÇO

Como aderir ao Simples Nacional 

Site: http://bit.ly/1n2M7tt

Impactos

Simples Nacional. Programa do Governo Federal para unificar oito tributos e reduzir custos de empresas com faturamento, atualmente, de até R$ 3,6 milhões por ano.

Proposta. A proposta, com base no estudo da FGV, o teto passaria para R$ 7,2 milhões, podendo chegar a R$ 14,4 milhões, no caso da indústria. Isso faria com que empresas com faturamento acima de R$ 3,6 milhões que hoje não se enquadram no Simples passem a ser enquadradas. Pagariam menos tributo e reduziriam a arrecadação, principalmente, dos estados.

Estímulo. Por outro lado, um teto maior estimularia as empresas a crescerem além do limite de R$ 3,6 milhões sem que percam os benefícios do Simples, o que não acontece atualmente.

Estatística. A SMPE anunciou nova ferramenta estatística relativa às MPEs integradas ao Simples Nacional. Por meio do Empresômetro, será possível obter informações em tempo real sobre essas empresas, para dar transparência a este setor e auxiliar na definição de políticas públicas mais adequadas.

Fonte: O Povo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

10 filmes a que todo empreendedor deve assistir


Muitas vezes saímos do cinema encantados depois de assistir a um filme. Uma boa história serve de modelo e inspiração para qualquer espectador. Por isso separamos dez filmes a que todos os empreendedores deveriam assistir. Com mensagens diretas e indiretas, atitudes lícitas (e às vezes nem tanto), eles mostram a atuação no mundo dos negócios. Prepare sua pipoca e inspire-se com a lista abaixo, composta por filmes mais recentes e outros tirados do fundo do baú.

– “O lobo de Wall Street” (2013): o filme é uma cinebiografia sobre o corretor de ações Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), que ficou rico e depois foi preso por acusações de fraude e outros crimes de colarinho branco. Apesar de ser uma comédia que parece ignorar a gravidade dos atos de Belfort, o filme dá algumas lições sobre jogo de cintura e principalmente para investidores.

– “Jobs” (2013): o filme foi um fracasso de bilheteria e crítica, mas é inegável o poder que a figura de Steve Jobs (Ashton Kutcher) tem sobre os empreendedores de todo mundo. Por isso o longa ainda traz um bom apanhado de memórias de sua carreira e também algumas lições práticas, como saber lidar com investidores. Confira uma crítica mais completa aqui.

– “O homem que mudou o jogo” (2011): longe de ser um filme sobre esporte, “O homem que mudou o jogo” mostra como o treinador Billy Beane (Brad Pitt) fez o Oakland Athletics se destacar na liga nacional de beisebol. A grande sacada de Beane para fazer isso foi analisar estatísticas da equipe, que tinha a menor folha salarial entre as competidoras.

– “A rede social” (2010): “A rede social” conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o fundador do Facebook, mostrando a criação da rede dentro da universidade Harvard, em 2003. Mostra sua controversa relação com outros fundadores, como o brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield), e com empreendedores, como Sean Parker (Justin Timberlake), o primeiro presidente do Facebook.

– “Quem quer ser um milionário” (2008): este filme britânico que mais parece um trabalho de Bollywood mostra o jovem Jamal Malik (Dev Patel) num famoso programa de perguntas e respostas na TV. Jamal busca em sua própria história, marcada por uma infância miserável e violenta, as respostas para as questões perguntadas pelo apresentador. É um exemplo de busca de força interior, algo essencial para empreendedores.

– “À procura da felicidade” (2006): em “À procura da felicidade”, Will Smith interpreta Chris Gardner, um pai de família com problemas financeiros. Tantos que sua mulher sai de casa, deixando o filho Christopher (Jaden Smith), de 5 anos. Chris consegue um estágio não-remunerado numa corretora de valores, mas não consegue dar conta das despesas da casa. Com isso, ele e o menino acabam dormindo em abrigos e estações de trem. É um grande exemplo de que se você tem um sonho, não deve desistir de alcançá-lo.

– “Piratas da informática” (1999): um clássico entre os apaixonados por tecnologia, Piratas da informática também é conhecido como Piratas do Vale do Silício. O filme mostra o começo de duas das principais empresas de tecnologia do mundo, a Apple e a Microsoft. Retrata as brigas de bastidores entre Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill Gates (Anthony Michael Hall), a concorrência entre as companhias e sua importância no setor.

– “Jerry Maguire - A grande virada” (1996): depois de uma crise de consciência, o bem-sucedido agente esportivo Jerry Maguire (Tom Cruise) escreve um documento defendendo que os agentes deveriam cuidar da carreira dos atletas de forma mais humana, ainda que isso significasse ganhar menos. Depois disso, acaba sendo demitido da consultoria onde trabalhava e perde seus clientes, à exceção do jogador de futebol americano Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). “Jerry Maguire – a grande virada” é um filme que mostra como é possível vencer depois de um fracasso.

– “O segredo do meu sucesso (1987)”: o jovem Brantley Foster (Michael J. Fox) deixa uma cidadezinha no Kansas para tentar o sucesso em Nova York. Ao chegar lá, as coisas não saem como planejadas e ele se vê obrigado a pedir um emprego ao tio, Howard Prescott (Richard Jordan), que controla uma empresa milionária. Como o trabalho é modesto, Brantley, decide levar uma vida dupla, criando um personagem chamado Carlton Whitfield, um executivo de ideias brilhantes, mas que ninguém sabe de onde veio.

– “O Poderoso Chefão” (1972): o clássico que dá início à famosa trilogia dispensa muitas recomendações e mostra a trajetória da família Corleone e seus negócios ilícitos. O primeiro “Poderoso Chefão” mostra as vantagens e desvantagens de empreender em família e que o melhor sucessor pode ser quem menos se espera.

Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

5 passos para melhorar as finanças da sua franquia


Fazer um registro detalhado permite analisar os números e identificar pontos que podem melhorar

Ser franqueado de uma boa rede significa contar com o know-how do franqueador para uma série de aspectos, como marketing, vendas, produção e, claro, as finanças. Mas o franqueado também precisa fazer a sua parte. Na lida diária com os números, é responsabilidade dele fazer os registros adequados e analisar as informações para identificar, junto com o franqueador, como pode melhorar. Maurício Galhardo, sócio-diretor administrativo financeiro da consultoria Praxis Business, listou os passos para aprimorar essa gestão na loja. Confira.

1. Estude o fluxo de caixa pós-abertura

As redes costumam fazer estudos de viabilidade, mas nem todas mostram uma projeção de fluxo de caixa para os primeiros meses da unidade. É importante que o franqueado tenha esse horizonte para saber qual será a sua necessidade de capital de giro e a partir de quando deve começar a ganhar dinheiro. “Isso influencia o montante que ele irá investir na loja”, diz Galhardo.

2. Faça a coleta de informações

Com a loja em operação, transforme o registro das informações financeiras em um hábito. Isso inclui orientar os funcionários sobre os procedimentos corretos – quais dados coletar e onde os anotar. Muitas vezes, o próprio franqueador determina como isso deve ser feito. A rotina construirá uma base para que o franqueado saiba quais produtos vendem mais, quais geram mais lucro e o que é preciso melhorar para ampliar o resultado do negócio. Também possibilitará a comparação com outras lojas e com períodos anteriores de vendas.

O registro do fluxo de caixa pode ser dividido em grupos. Na parte de entradas, é recomendável fazer registros por classes de produtos e ver qual ter melhor desempenho. Já nas saídas, separar os gastos variáveis (impostos, pagamento de mercadorias, royalties) e os fixos (aluguel, salários).

4. Compartilhe seus números

Há franqueados que resistem a abrir todos os seus números para o franqueador. Mas é dessa forma que a rede constrói uma massa crítica para ajudar as unidades a ter resultados melhores. “É importante que o franqueador deixe isso claro no treinamento inicial. Essa obrigação pode estar até na Circular de Oferta de Franquia e no contrato”, afirma Galhardo. Com esses dados, a rede poderá desenvolver um feedback individualizado e ajudar o franqueado com eventuais dificuldades.

5. Estude maneiras de ampliar o lucro

Com uma análise detalhada das finanças, o franqueado consegue enxergar como melhorar seu lucro. Se não é possível reduzir o aluguel, por exemplo, ele pode investir na equipe de vendas para diluir os custos fixos de ocupação.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

16 serviços grátis essenciais para microempreendedores

Confira ferramentas para gerir a empresa, cortar gastos com telefone e até driblar o trânsito


A popularização da internet – e por consequência, de várias ferramentas online – trouxe várias facilidades para a vida das pessoas. Muitas dessas ferramentas são muito úteis para o cotidiano dos microempreendedores individuais (MEI), pessoas que precisam efetuar uma série de tarefas, não têm muita gente para ajudar nos afazeres e ainda contam com um orçamento limitado.

Nem todo empreendedor, dependendo da área de atuação conhece o potencial da tecnologia. Hoje, nem o computador é tão necessário, já que os smartphones, até mesmo os mais básicos, têm capacidade técnica para executar milhares de aplicativos.

Hoje, é possível encontrar ferramentas que ajudam a gerir a empresa, salvar arquivos na nuvem, fazer ligações e até fugir do trânsito. Tudo grátis. Conheça algumas delas:

Para economizar com telefone
Para evitar as altas tarifas cobradas pelas operadoras de telefonia móvel, um dos caminhos é ter chips de várias delas. Uma maneira menos trabalhosa é baixar ferramentas como o Skype e o Viber. Com o primeiro, é possível fazer videochamadas gratuitamente, enquanto o segundo é mais focado em chamadas com áudio apenas. Ambos têm versões para computador e celular e são gratuitos, desde que a pessoa para quem você está ligando tenha um dos aplicativos instalado. Tanto o Skype quanto o Viber, por meio de créditos, permitem ligações para telefones fixos a custos mais baixos. Mas fique atento: se você vai usar algum desses programas no celular, é necessário que a conexão da internet esteja funcionando.

Para usar a computação em nuvem
Com a massificação do uso da internet, a chamada computação em nuvem – em que os arquivos ficam em servidores na web – também se popularizou. Agora, é possível acessar arquivos de qualquer lugar, em qualquer dispositivo. São três os serviços mais usados: o OneDrive, da Microsoft, o Drive, do Google, e o Dropbox. É possível acessá-los tanto do computador quanto do celular.

Para não se esquecer de nada
Com o Evernote, é possível fazer anotações, tirar fotos, criar listas de tarefas, digitalizar cartões de visita, gravar lembretes de voz e organizar todas essas informações, gratuitamente, em um banco de dados que pode ser acessado do seu computador, celular ou até mesmo do website da ferramenta.

Para gerenciar sua empresa
Há inúmeras opções de sistemas online de gestão, mas nem todos foram projetados especialmente para MEIs e profissionais autônomos. Um deles é o ZeroPaper. Com a plataforma, o empreendedor pode controlar as finanças do seu negócio onde estiver. Além de incluir despesas e receitas, é possível tirar fotos de recibos e guardá-los em um lugar seguro, verificar resultados por meio de relatórios, dentre outras facilidades.

Para fugir do trânsito
O Waze, exclusivo para celular, ajuda os usuários a fugir de congestionamentos e encontrar rotas alternativas, o que diminui o risco de se atrasar para compromissos importantes. No Waze, são os próprios usuários que comunicam alertas sobre vias bloqueadas, acidentes, engarrafamentos e blitze.

Para chamar táxis e motoboys
Na hora de chamar um táxi de forma rápida, vários aplicativos podem ser úteis: procure por plataformas como Easy Taxi, Taxijá e 99Taxis. Quando o problema for a falta de um motoboy, aposte no VaiMoto ou no 99Motos.

Movimento Empreenda
O Movimento Empreenda é uma iniciativa da Editora Globo para encorajar e capacitar o empreendedor brasileiro. Com o aplicativo oficial do Empreenda, é possível acessar um "funil de ideais", que ajuda na escolha pela melhor área para abrir a empresa. Também é possível montar um modelo de negócios simplificado e direto.

Além disso, o Movimento Empreenda lançou duas ferramentas interessantes para microempreendedores: o MAT – Plano de negócios simplificado e a Planilha de projeção de resultados para empreendedores individuais.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Crie o novo a partir do tradicional

Empreender não exige uma criatividade inatingível. É possível inovar no atendimento, escolher um nicho inusitado ou optar por um produto sustentável

Todo aquele que coloca em prática uma iniciativa para aproveitar uma oportunidade ou sair de uma crise é um empreendedor. A motivação para empreender não deve ser a busca pelo lucro, mas a necessidade de se sentir realizado, bem-sucedido, ou de fazer diferença no mundo, gerendo valor para a sociedade.

Há aqueles que alcançam esse objetivo ao abrir um negócio; outros, com projetos dentro da empresa em que trabalham ou na própria comunidade. A essência do empreendedorismo está na disposição em tentar algo novo para suprir uma necessidade interna ou externa, e na resiliência para lidar com a frustação e o fracasso inerentes ao processo.

Persistência, perservença e comprometimento são fundamentais, já que os resultados nem sempre vêm na quantidade e no prazo idealizados. Além disso, empreenderores de sucesso são unâmimes em dizer que a inovação, o planejamento e monitoramento constantes são determinantes para a concretização de uma ideia.

É possível empreender fazendo mais do mesmo. Mas o grande diferencial está em trazer um novo olhar para alguma atividade tradicional, incorporando algo que chame a atenção do público-alvo. Se observarmos o mercado ultimamente, veremos que muitos empreendimentos não chegam a criar algo inusitado. Em vez disso, sugerem novas propostas a partir de produtos e serviços já existentes, seja na forma de atendimento ou de comercialização. É o caso dos pet shops em veículos movéis, dos picolés feitos artesanalmente e dos food trucks - todos negócios que já conhecíamos de alguma forma.

Ao pensar na proposta de um empreendimento, podemos inovar na escolha de matérias-primas, na oferta do produto em lojas virtuais ou na escolha de um público específico. Oferecer um produto on-line  já não parece novo – mas o empreendedor ficaria surpreso ao descobrir as oportunidades de negócio que ainda existem. Atualmente,  dá para comprar pela internet alimentos, roupas, bijuterias e muitos outros, inclusive com a opção de serem customizados.

Por que não fugir das ofertas tradicionais de produtos que visam apenas a ostentação, e em vez disso trabalhar com itens que atendam as necessidades da sociedade, em harmonia com os preceitos da sustentabilidade? Por que não utilizar materiais naturais, reciclados e sintéticos, e dar início a um empreendimento com comidas veganas, ou que venda bolsas e sapatos sem utilização de couro de animais? No Brasil, a reutilização e a reciclagem ainda são praticados de forma marginal, quando poderiam ser os protagonistas de uma nova revolução industrial.

A inovação também pode estar na segmentação do público. Muitos empreendedores visam oferecer seus produtos ou serviços para públicos mais específicos. Um item comum de vestuário pode ser vendido para pessoas acima do peso, idosos, adolescentes, bebês, entre tantos outros. Há, também, os que buscam alvos ainda mais exclusivos: público LGBT, evangélicos, alérgicos a alguma substância, etc.

Empreender não exige uma criatividade inimaginável ou inatingível. Basta entender seu público e verificar de que forma seu negócio pode ajudá-lo. É assim que empreendedores desenham novos produtos, serviços e modelos de negócios. Mas, para isso, é preciso colocar as ideias inovadoras em prática com determinação. É a paixão pelo que se faz que dá sentido a tudo e que leva à conquista de parceiros, clientes e colaboradores leais e dedicados.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lojas de rua trazem melhores resultados para o franchising

De acordo com pesquisa da Deloitte, para 63% dos franqueadores, as unidades com essa localização têm maior rentabilidade


As unidades localizadas na rua têm trazido melhores resultados para as franquias do que as lojas em shoppings. A conclusão é da pesquisa Negócios em rede – Visões, expectativas e práticas dos franqueadores, realizada pela Deloitte em parceria com a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Para 53% dos franqueadores, o ponto de venda de rua tem maior faturamento. As lojas de shopping ficam com 29%, e as de centro comerciais, com 8%. Em relação à rentabilidade, as lojas de rua apresentam melhores resultados para 63%, enquanto os shoppings ficam com 23%, e os centros comerciais com 7%.

O levantamento ouviu 97 franqueadores entre agosto e setembro de 2014 e será divulgado na 14a Convenção ABF do Franchising, que ocorre entre hoje (29/10) e sábado (1o/11) na ilha de Comandatuba, em Una (BA).

“O custo operacional de uma loja de rua é mais baixo”, afirma Reynaldo Awad Saad, sócio-líder da Deloitte para o atendimento da indústria de varejo e bens de consumo. “Por mais que os shoppings sejam atraentes pela praticidade e pela segurança que oferecem, não conseguiram se adequar aos custos de uma franquia.”

A pesquisa verificou ainda que as estratégias de expansão mais usadas pelas redes são o desenvolvimento de novos produtos e serviços (87%), os investimentos em inovação (80%), as unidades individuais ou franqueadas (70%), a descentralização (63%), as unidades próprias (59%) e o comércio eletrônico (51%).

Para este ano, 74% dos franqueadores esperam aumento na quantidade de franqueados e 23% preveem incremento no número de unidades por franqueado. 

Expansão moderada
O franchising brasileiro deve crescer entre 5,5% e 7% neste ano, de acordo com projeções da ABF. Este deve ser o primeiro ano de expansão de um dígito para o setor na última década. “O setor não está fora da situação econômica do Brasil. Mas é uma indústria resiliente e com vigor – a projeção de crescimento do PIB é de abaixo de 1%”, afirma Cristina Franco, presidente da ABF.

Uma das apostas do franchising para manter a expansão é o interior do país. “Nesses bolsões de crescimento, onde há uma economia vibrante, existem possibilidades para o varejo e para o franchising, além de um consumidor que anseia pelas marcas de franquias”, diz Cristina.

A associação lançará, durante a convenção, um projeto em parceria com a prefeitura de Pederneiras, no interior de São Paulo, para a construção de um centro comercial. O objetivo é testar a capacidade do franqueador de estar presente em municípios com menos de 50  mil habitantes. A prefeitura cedeu um terreno de  5.500 m2, em que os franqueadores poderão construir unidades das suas marcas. Eles serão donos dos imóveis ou poderão repassar a propriedade aos franqueados. “O custo operacional será melhor porque não terão de pagar aluguel”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da associação.

Na expansão para o interior, o principal desafio é inovar nos formatos das unidades para que o investimento inicial e a rentabilidade sejam adequados ao potencial do local, segundo Cristina Franco.

Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O empreendedor relutante


Há no Google Images uma porção de fotografias de uma pessoa igualzinha ao empreendedor paulista Washington Umberto Cinel em situações sociais, como festas e cerimônias. Outra busca usando seu nome, desta vez passando pelo Google Maps, pode dar na imagem da fachada de uma casa numa rua bacana do Jardim Europa, em São Paulo.

“É difícil manter a privacidade hoje em dia”, diz Cinel. De qualquer forma, deve ser uma casa muito bem guardada. Ele é fundador da Gocil, um dos maiores grupos de prestação de serviços de segurança do país. Perto de completar 60 anos, Cinel é um caso exemplar de um tipo de empreendedor — aquele que desbrava novos mercados. Conheça sua trajetória inspiradora:

Nasci em Reginópolis, uma cidade próxima de Bauru, no interior de São Paulo. Meu pai era corretor de imóveis. Minha mãe, cabeleireira. Comecei a trabalhar bem cedo, como engraxate. Depois, vendi roupas. Quando tinha uns 16 anos, peguei o dinheiro que havia conseguido juntar e comprei uma lanchonete falida.

Aos 18 anos quis fazer vestibular para ser engenheiro-agrônomo. Tentei três anos. Enquanto fazia o cursinho, prestei uma prova para a Academia de Polícia do Barro Branco, em São Paulo, para ser cadete. Em 1976, eu estava na república em que morava com uns amigos, quando recebi a notícia de que havia passado na prova escrita.

Fui correndo me apresentar no dia seguinte em São Paulo para os exames psicotécnico, oftalmológico e de educação física. Entrei em 2 de fevereiro de 1976. Fiz um curso intensivão, com folga apenas no domingo. Dois anos depois fui declarado aspirante a oficial e comecei a trabalhar em São Paulo. Mas não queria continuar na capital. Pedi transferência e voltei para Bauru, já como segundo- tenente. Morava e comia no quartel. No terceiro ano comecei a fazer direito, pois queria ser promotor ou juiz.

Já trabalhava como policial quando fui atender a um chamado na então Rede Globo local. Um cara tinha tentado explodir a rede de transmissão. Veio gente do Exército, da Polícia Civil, da Federal. Fui, representando a Militar. Foi quando recebi uma proposta da Globo para tomar conta do edifício.

Meu superior disse que eu poderia pegar o trabalho — se fosse para quebrar um galho por um mês ou dois. Mas muita gente me conhecia na cidade. Quando o pessoal ficou sabendo que eu estava cuidando do patrimônio da Rede Globo, muitas outras empresas me procuraram para oferecer o mesmo tipo de serviço.

Claro que havia uma oportunidade ali. Mas a verdade é que eu relutava em empreender. Sabe quando você é funcionário público e tem aquela garantia? Tinha conseguido me formar para poder ser promotor. Acabei chamando um amigo que também era oficial e propus que montássemos uma empresa de segurança.

Em 1985 nascia a Gocil. Começamos a crescer. Ganhamos uma licitação para fazer a segurança da Sabesp, nossa cliente há 30 anos. Hoje trabalhamos em dez estados. Atualmente existem 2 400 empresas de segurança no país. Mas na época esse mercado era virgem. Havia em torno de 120 empresas. E só as grandes podiam pagar por um serviço desses, de alto nível. Era um privilégio.

Uma parte de nosso crescimento veio de outros serviços que passamos a prestar, a pedido dos próprios clientes. Hoje fazemos de tudo um pouco num prédio corporativo, como recepção nas portarias, jardinagem, limpeza. Essa parte de serviços gerais já é 35% do faturamento.

Esse sistema é bem interessante. Uma empresa pode ser nossa cliente mesmo que não possa pagar pelos pacotes mais completos de serviços de segurança, que continuam a ser o foco do negócio.

Se o cliente atravessar um momento difícil, é possível reformular o contrato e mudar um pacote mais completo por serviços de menor custo, como porteiro. Não é a mesma coisa, mas não perdemos a ligação com o cliente, que pode voltar a comprar um pacote de soluções com maior valor no futuro.

O modelo que adotamos não é oferecer mão de obra, simplesmente. Vendemos um projeto inteiro de segurança. Um consultor vai até o lugar a ser protegido e analisa quais são os riscos e como reduzi-los, respeitando o orçamento que o cliente pode pagar.

Alguns pontos vulneráveis de um prédio, por exemplo, podem ser monitorados com câmeras e uma central, o que reduz o número de especialistas demandados. Onde eram necessários cinco homens, posso colocar dois ou três e completar com aparelhagem. A disseminação desse tipo de tecnologia foi fundamental para a expansão de nosso mercado, pois reduziu custos, o que permitiu praticar preços acessíveis a mais clientes.

O outro lado da tecnologia é que pode dar a impressão de que qualquer um pode montar sua central e contratar qualquer sujeito vestido com colete. Mas é perigoso. Se não for um profissional regularizado e treinado, pode não estar pronto para agir se precisar. Pior: pode até passar informações a quem não deve, até sem querer.

Pessoas ainda são o coração da empresa. Na maior parte das vezes, nossos profissionais são vigilantes de outras empresas que passam por uma seleção. Quem é aprovado faz um curso específico para o posto que irá ocupar. Se for num magazine, vai ser treinado para prevenir e detectar pequenos furtos. Numa metalúrgica, aprenderá que o objetivo provável do marginal é roubar cobre.

A missão do segurança encarregado da maternidade de um hospital como o São Luiz, em São Paulo, é garantir que nenhuma criança seja trocada no percurso do berçário até o quarto da mãe. Quem ficar lá tem de ser delicado. Sua abordagem precisa ser muito diferente da usada nos estádios sob nossa responsabilidade durante a Copa do Mundo. 

Em qualquer caso, ensinamos que a arma é o último recurso a ser utilizado. O primeiro é evitar o fator surpresa. Para isso, a melhor arma são os olhos. O marginal escolhe quem está desprevenido. É a lei do menor esforço e menor risco para ele. Existe uma grande chance de uma pessoa desencorajar alguém que tenciona assaltá-la apenas com um olhar direto. É bem possível que o sujeito escolha outra vítima.

Se estivermos fazendo direito nosso trabalho, o segurança quase nunca — ou nunca — usará a arma. É como um bom goleiro num time com uma boa defesa. Ao mesmo tempo, tem de estar em total forma para a eventualidade de precisar usar. Por isso, nossos profissionais passam por reciclagens constantes.

Também há moda em nosso setor. Vem uma onda de assaltos a joalherias, depois outra de arrastões em restaurantes. Criminosos formam uma comunidade como qualquer outra. Eles se conhecem, copiam do outro o que está dando certo, como numa rede. E eles têm bastante tempo para planejar.

Por isso, no programa de treinamento há um espaço para disseminar o conhecimento obtido no dia a dia. Se um tipo de delito começa a acontecer com certa frequência numa área — mesmo que seja numa propriedade não atendida por nós —, aumentamos o nível de alerta para as outras equipes ficarem espertas com aquele modus operandi.

É treinamento o tempo todo — daí o maior desafio da Gocil ser não perder o funcionário após todo esse investimento. Workshops e programas de motivação não são um remédio para ganhar o comprometimento das pessoas. Nada substitui o diálogo entre o funcionário e seu chefe para que cada um perceba sua importância na organização.

Acredito no poder dessa atitude para liberar no ser humano o que nele há de bom. Também é preciso não esquecer que toda pessoa tem méritos e defeitos. Se estivermos no caminho certo — e acredito que estamos —, nossos funcionários têm muito mais méritos do que defeitos. O que devemos fazer é enaltecer os méritos e minimizar os defeitos.

Fonte: Exame

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Como os investidores pensam



Nos últimos anos, o investimento de risco tem ganhado força no Brasil. Segundo pesquisa feita pela consultoria KPMG, em 2013 os fundos de private equity e venture capital investiram 17,9 bilhões de reais em empresas brasileiras, 20% mais do que em 2012. Também tem se popularizado a figura do investidor-anjo, que faz aportes em empresas nascentes antes mesmo de os primeiros resultados serem alcançados.

De julho de 2012 a julho de 2013, eles investiram 619 milhões de reais, de acordo com uma pesquisa da Anjos do Brasil, principal associação do gênero no país. É 25% mais do que no ano anterior. Mesmo que haja mais dinheiro na praça, o investimento de risco ainda gera dúvidas nos empreendedores. Em alguns casos, as informações inexatas se transformaram em mitos.

A seguir, Exame PME reúne as principais ideias preconcebidas — e descreve o que há de certo e de errado por trás delas.

Para receber um aporte em sua empresa, o empreendedor precisa necessariamente ter anos de experiência em gestão

Os investidores encaram a experiência em gestão como uma das características esperadas de um candidato a receber aporte — mas não a mais importante. Na visão deles, é fundamental que o empreendedor tenha clareza sobre como seu negócio irá gerar receitas — e em quanto tempo elas cobrirão os custos.

“Um empreendedor precisa cuidar da estratégia, buscar novos mercados e se certificar de que seu planejamento inicial continua fazendo sentido”, diz Jairo Margatho, gestor do Criatec, fundo de capital semente criado pelo BNDES. “Para cuidar das tarefas do dia a dia, basta contratar um administrador.”

Outra característica valorizada é a capacidade de reunir profissionais com habilidades complementares para fazer a empresa gerar o retorno que o investidor espera. “Ter gente capacitada e motivada é meio caminho para fazer o negócio prosperar”, diz Margatho.

Quem reúne todas essas características é a empreendedora carioca Zica de Assis, fundadora da Beleza Natural, rede de salões de tratamento para cabelos cacheados. Zica não tem formação como administradora e, antes da Beleza Natural, nunca tinha trabalhado em grandes empresas. Mesmo assim, em 2013 o fundo GP Investimentos comprou 33% da empresa por 75 milhões de reais.

O aporte foi conseguido porque Zica sempre teve clareza sobre seus pontos fortes — e soube delegar a outros profissionais as tarefas com as quais não tinha tanta familiaridade. Logo no começo da empresa, Zica percebeu que precisaria de ajuda para elaborar um plano de expansão.

Foi aí que Leila Velez, sua ex-cunhada e sócia, passou a administrar a empresa — e implantou os processos que permitiram à Beleza Natural criar um negócio de grande escala num setor em que isso é pouco comum. “Gosto de me dedicar ao treinamento das funcionárias e de atuar como embaixadora de nossa marca”, disse Zica a Exame PME na época do aporte.

Só empresas que criaram produtos e serviços inéditos têm chance de receber dinheiro

O ineditismo não é o principal critério usado pelos investidores para selecionar empresas. Negócios pioneiros podem até ter mais desvantagens do que vantagens — já que tendem a ser mais arriscados. “Os investidores costumam gostar de pequenas inovações em modelos que já dão certo”, diz Maria Rita Spina, da Anjos do Brasil.


Um exemplo disso é a loja de móveis e artigos para casa Mobly, de São Paulo, criada pelos empreendedores Marcelo Marques, de 33 anos, Victor Noda, também de 33, e Mario Fernandes, de 42. O negócio não é pioneiro — varejistas como Casas Bahia e Tok&Stok já vendiam móveis pela internet muito antes de a Mobly existir.

Mas seus fundadores conseguiram melhorar a gestão dos estoques, que costumam gerar altos custos para empresas de comércio eletrônico. A Mobly negocia com parte de seus 600 fornecedores o envio dos produtos diretamente para a casa do cliente — algo pouco usual entre seus concorrentes. “Com isso conseguimos ter um portfólio de 45 000 produtos”, diz Marques.

Isso chamou a atenção dos gestores do fundo alemão Rocket, que fez um aporte na empresa em 2011. “Já tínhamos investido numa empresa alemã que fazia algo parecido”, diz Rodrigo Sampaio, presidente da Rocket na América Latina. Segundo estimativas, a Mobly faturou 120 milhões de reais em 2013 — mais do que o dobro do ano anterior.

Especula-se que a empresa tenha levantado 80 milhões de reais em investimentos desde 2011 — além do ­Rocket, o banco JP Morgan e o grupo venezuelano Cisneros também são sócios da empresa.

Depois do aporte, as ideias do empreendedor ficam em segundo plano porque o investidor sempre terá o controle da operação 

Não se trata de uma regra, mas a maioria dos investidores de pequenas e médias empresas não costuma comprar a maior parte das cotas. Eles alegam que, com mais participação acionária, o empreendedor é motivado a perseguir os resultados almejados. Não quer dizer que os investidores abram mão de participar das decisões.

Geralmente, os pontos mais importantes são definidos em conjunto — é para isso que servem os conselhos consultivos e de administração. “Para o investidor, a presença do empreendedor é fundamental”, diz Camila Farani, diretora da Gávea Angels e cofundadora do grupo Mulheres Investidoras-Anjo. “O criador da empresa geralmente conhece bem seu mercado e, com a orientação dos sócios, pode reagir com rapidez a mudanças de cenário.”

Em 2009, o paranaense Roberto Dariva, de 40 anos, teve de lidar com suas desconfianças quando a Navita, sua prestadora de serviços de telecomunicações, recebeu um aporte de 2,3 milhões de reais do fundo Invest Tech. “Tinha sempre a impressão de que algo importante aconteceria sem eu saber”, afirma Dariva. Passado algum tempo, ele se surpreendeu positivamente.

Dilemas importantes foram resolvidos em conjunto. Um deles foi a decisão de vender uma unidade de negócios menos rentável da Navita, que fazia sites de intranet para outras empresas. “O Roberto concordou com a venda depois que mostramos que, no futuro, aquela operação poderia corroer a rentabilidade”, diz Miguel Perrotti, presidente da Invest Tech.

Nos últimos cinco anos, a Navita tem crescido a taxas anuais de 45%. Segundo estimativas de mercado, a empresa deverá faturar cerca de 30 milhões de reais em 2014. Recentemente, a Navita recebeu um novo aporte, dessa vez de um fundo mantido pela fabricante americana de processadores Intel.

O empreendedor é sempre obrigado a deixar a empresa quando os investidores saem da operação

Não é bem assim. Um empreendedor só é obrigado a vender sua fatia e sair da operação caso, durante a negociação do aporte, tenha permitido ao investidor acionar uma cláusula conhecida como drag-along (algo como “arrastar todos juntos”) no momento de sua saída. “Esse dispositivo prevê que, se um dos sócios quiser vender sua parte, o outro será obrigado a fazer o mesmo”, diz Margatho, do Criatec.

De maneira geral, os contratos também trazem uma cláusula chamada de tag-along (algo como “seguir o mesmo preço”). Ela assegura que, quando um sócio decide vender sua participação a terceiros, o outro automaticamente terá direito a negociar suas cotas em condições idênticas.

Há também uma cláusula de preferência de compra, que determina que o lado que pretende sair só poderá vender sua parte a terceiros se os demais sócios manifestarem desinteresse em comprá-la nas mesmas condições. 

Fonte: Exame 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ideias que vêm e que ficam


De onde vêm as bo­as ideias? Mais do que isso, o que é uma boa ideia? E como se faz para transformar uma ideia numa grande empresa, da magnitude de algumas das que vemos hoje, com milhões de clientes? Muita gente pensa que uma ideia brilhante é o começo de tudo. Depois, sorte.

Na prática, é bem diferente. Ideias brilhantes voando por aí são um mito. Toda empresa parte de uma hipótese — a de que aquilo que se deseja criar é capaz de suprir a necessidade de alguém. É o início de um caminho igual ao do método científico, que aprendemos na escola. Comece com uma hipótese. Teste-a. Se for correta, continue construindo em cima dessa hipótese com mais hipóteses, que também deverão ser testadas.

Quando uma hipótese se mostrar incorreta, descarte-a — mas aproveite as informações adquiridas no teste para dar o próximo passo com mais firmeza. Repita tudo de novo, siga com prudência e meça o resultado.

Não é romântico. Não há fórmula mágica. Não há atalhos. Não há uma resposta certa — principalmente para quem está criando algo realmente inovador, pois se está lidando com hipóteses para as quais ninguém tem as respostas ainda. Cabe a você encontrá-las, com muitas tentativas e erros.

Os negócios dirigidos por pessoas com paixão pelos detalhes e que decidem cada aspecto com um propósito são os que realmente crescem. É assim em todos os níveis — ao testar o posicionamento do produto para deixar mais clara sua proposta de valor ou nos testes para escolher o melhor ícone para um aplicativo móvel.

Quase todos os empreendedores que conheci começaram com uma ideia inicial que julgavam ser muito boa. Porém, testando suas hipóteses viram que havia maneiras diferentes de encontrar soluções para os problemas que queriam resolver. E, muitas vezes, isso implicava substituir a ideia inicial por outra.

O caminho da tentativa e erro é o caminho do aprendizado. Assim como ninguém normal acumula um grande conhecimento do dia para a noite, o crescimento de uma empresa não acontece de repente. Só vem depois de muito tempo, geralmente anos, de bateção de cabeça até achar o rumo ideal.

Para que seus projetos se realizem, tenha um método para testar suas hipóteses e revelar as corretas. Siga em frente com elas. Acredite em resiliência — e não em sorte. Acredite em transpiração — e não em inspiração.

Fonte: Exame

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O poder dos tímidos

Eles irão protagonizar a principal revolução no mundo dos negócios na próxima década, defende Susan Cain


A próxima revolução no mundo dos negócios será silenciosa. Ao menos é o que defende a americana Susan Cain, autora do bestseller "O Poder dos Quietos: como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar". Segundo estima, o grupo dos silenciosos representa metade da população mundial.  "A maior tendência dos negócios nos próximos 10 anos será enfrentar o desafio de destravar o potencial desses profissionais", afirmou Susan, em palestra realizada no HSM Expo Manangement hoje (04/11) em São Paulo. "Está claro que para ser bem-sucedida uma empresa precisa das duas maneiras de pensar: a dos introvertidos e dos extrovertidos".

O caminho para os introvertidos, no entanto, não será fácil. "Vivemos em uma cultura que diz que todos precisam ser extrovertidos, mesmo que isso signifique não ser você mesmo. Metade da humanidade é tímida, mas acaba adquirindo hábitos de extrovertidos. Eu, por exemplo, fui uma advogada de Wall Street antes de me tornar uma escritora, que era o que eu realmente queria".

Mas o que significa ser introvertido ou extrovertido?  

Cain sugere um teste simples: "Depois de duas horas de uma boa festa, o que você pensa? O introvertido começa a considerar ir para casa e isso tem uma razão biológica: eles são mais sensíveis a estímulos. Já os extrovertidos precisam de mais agitação para não se entediarem". A americana cita um estudo que mostrou que os extrovertidos se davam melhor ao tentar resolver problemas de matemática quando havia mais barulho no ambiente. Já o contrário, era válido para os introvertidos. "Isso mostra que não existe um ambiente que funcione melhor para todos os profissionais". Essa, segundo ela, é uma primeira lição para as empresas.
  
"Albert Einstein costumava dizer que não era tão esperto assim. O que o diferenciava dos outros era ficar com os problemas por mais tempo. O megainvestidor Warren Buffett uma vez se comparou a um pintor: 'Eu não ligo se alguém me mandar pintar com mais vermelho. Eu não me importo. É o meu quadro".

Isso não significa, Susan argumenta, que os introvertidos não saibam trabalhar em grupos. "Há estudos que mostram que os tímidos se dão bem no trabalho em grupo. Mas é uma boa ideia para as empresas deixá-los trabalhar inicialmente sozinhos, para depois se juntarem aos demais. O processo de criação é muitas vezes solitário". Até porque, lembra a americana, como um ser social, os humanos são altamente influenciados por seus pares. Um fator favorável adicional ao trabalho individual vem de outro estudo comentado por Susan. Em uma reunião grande, três pessoas costumam monopolizar a conversa por 70% do tempo. Péssimo, considerando que provavelmente elas não têm 70% das melhores ideias.

Como fazer reuniões?

Obviamente, o trabalho em grupo segue sendo importante, assim como as reuniões são fundamentais. Existem alguns truques para que tanto introvertidos como extrovertidos possam aproveitá-las melhor: 

Introvertidos: "Pense no que você quer falar e tente falar o mais cedo possível na reunião. Quem fala antes ganha mais atenção ao longo do encontro inteiro. Aqueles que deixam para falar depois geralmente são percebidos como alguém que fica à margem". 

Extrovertidos: "Tente ficar um pouco mais quieto. Sheryl Sandberg, COO do Facebook e uma das mulheres mais poderosas do Vale do Silício, chegou a contratar um coach para aprender a falar menos e ouvir mais". 

Uma nova liderança

Susan defende que há diversas maneiras de liderar. "Precisamos redefinir o conceito de liderança. Um bom líder não é necessariamente um líder carismático", diz. "Gandhi costumava voltar correndo da escola para casa para não ter que ficar conversando com as pessoas. Ele nunca gostou de falar em público, mas o fazia porque se importava com as causas que defendia".

Líderes introvertidos já estão presentes mundo corporativo. Mesmo em uma cultura que identifica comportamentos extrovertidos  como traços de liderança, nomes de introvertidos como Bill Gates, fundador da Microsoft, Larry Page, fundador do Google, e Marissa Mayer, CEO do Yahoo, integram a lista de importantes personalidades do mundo dos negócios, aponta a americana. "Muitas vezes os tímidos nem procuram os cargos de liderança, mas por serem tão apaixonados pelo que fazem acabam chegando lá".

Se os extrovertidos devem se preocupar em como tratar os introvertidos, essa liderança silenciosa também deve tomar um certo cuidado com os extrovertidos. Susan dá um exemplo de sua vida pessoal que pode ser transferido também para um ambiente empresarial. "Quando o meu livro entrou para a lista de bestsellers, meu marido, que é extrovertido, deu pulos de alegria. Eu, uma introvertida, estava tão feliz quanto, mas tive uma reação mais discreta. Porém, eu sei que se algo de bom acontece com ele, eu tenho que mostrar mais empolgação, senão ele se chateia e interpreta como se eu não ligasse tanto para aquilo. Esse mesmo comportamento deve passar pela cabeça de um chefe introvertido".

Se Susan estiver correta, extrovertidos e introvertidos terão que passar muito tempo tentando se entender nos próximos anos. Uma revolução silenciosa ainda é uma revolução.

Fonte: Época Negócios 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Já está acontecendo o agendamento para enquadramento no Simples Nacional


Desde a segunda-feira (3) passada, as micro e pequenas empresas que desejam ser incluídas no Simples Nacional em 2015 podem agendar o enquadramento no regime simplificado de tributação. O prazo acaba em 30 de dezembro. A empresa que não fizer o agendamento ou que não conseguir resolver as pendências no prazo pode fazer a opção normal pelo Simples Nacional em janeiro de 2015.

O procedimento tem a finalidade de auxiliar as empresas que querem antecipar providências relativas à opção. Conforme representantes do Comitê Gestor do Simples Nacional, há duas possibilidades para o processo de agendamento.

A primeira é o deferimento imediato, quando não há pendências à opção. Dessa forma, a empresa estará automaticamente no Simples Nacional a partir de 1º de janeiro de 2015.

A segunda é o indeferimento, quando há pendências. As mais comuns são relativas à existência de débitos tributários com os fiscos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal. Havendo pendências, a empresa pode resolvê-las e, após isso, cadastrar novo agendamento.

Simples Nacional

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e administrado por um Comitê Gestor composto por quatro integrantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, dois dos estados e do Distrito Federal e dois dos municípios.

O Simples abrange IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para Seguridade Social destinada à Previdência Social da pessoa jurídica. Eles podem ser recolhidos mediante documento único de arrecadação.

Podem participar do Simples, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 2006 .

Fonte: O Povo 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

10 dicas para não se sentir atarefado e sobrecarregado


Comprometa-se em gerenciar seu tempo para poder estar sempre mostrando o seu melhor

Todos nós sentimos que trabalhamos em excesso em algum momento da vida. Mesmo que por pouco tempo, sentimentos que estamos submersos em uma mar de trabalhos e mais trabalhos. Mesmo que outros achem que é pouco, nós nos sentimentos assim.

Em um artigo para o Inc, Jeff Haden falou sobre isso e sobre como resolver. A tecnologia conseguiu merolhar um pouco: softwares, aplicativos, aparelhos, sistemas de gerenciamento de tempo. Mas de acordo com Jeff, a única pessoa que vai te impedir de se sentir assim é você mesmo.

Comprometa-se em gerenciar seu tempo para poder estar sempre mostrando o seu melhor. E o seu melhor é o você inspirado, produtivo e em seu próprio ritmo. Quer saber como? Aqui vão 10 dicas para te ajudar:

1 - Reconheça e supere a tirania do presente

Pessoas que estão sempre vivendo o hoje esquecem de planejar suas formas de perseguir os sonhos e objetivos. Apesar de que realmente existem coisas que precisão ser vividas e aproveitadas no hoje, muito do que você acha que precisa fazer não é realmente importante, especialmente se estiverem ligados ao seus objetivos a longo prazo.

2 - Questione-se sobre o que você realmente precisa fazer

Desafie seus hábitos diários. Você realmente precisa organizar essa reunião? Você realmente precisa daquele relatório? Precisa responder este e-mail? Em muitos casos você não precisa fazer nada disso, mas simplesmente é o que você sempre fez.

Elimine as tarefas que "seria legal" que fossem realizadas. Isso não só te dará mais tempo, como também te dará mais eficácia e com o que realmente importa.

3 - Refaça sua agenda temporal

As vezes a resposta para "Isso é realmente necessário?" é "Sim, mas não agora". Qual a coisa mais importante que você precisa fazer hoje? Que tarefas te impedirão de fazer isso? E isso vale para surpresas: se algo mais importante aparece, reinicie seu calendário e divida novamente as prioridades. Resolver problemas é bom, mas resolver o que realmente importa é melhor ainda.

4 - Entenda e escolha seu ritmo operacional

Todos nós trabalhamos de forma diferente. Uns gostam de começar de manhã a todo vapor, outros gostam de pensar um pouco, meditar e depois começar a trabalhar. Alguns outros gostam de trabalhar de noite.

A chave é entender como você gota de trabalhar e em que momento você está no seu ápice. Você pode gostar de trabalhar tarde da noite, mas se você está cansado, depois de um longo dia, não irá estar em seu melhor.

Experimente com seu tempo para descobrir como trabalha melhor. Apesar de nem sempre ser possível seguir, é bom ter um plano para o qual recorrer.

5 - Sempre comece pelas coisas mais importantes

Quais suas prioridades para o mês? Para a semana? Para hoje? Determine o que elas são e faça-as primeiro. Por que você iria trabalhar em coisas menos importantes quando as que realmente importam são as que trarão coisas mais valiosas para os seus negócios e sua vida?

6 - Ache tempo para desligar o cérebro

Dar a si mesmo tempo com o cérebro "desligado" é a chave para fazer decisões inteligentes quando confrotado com um problema complexo. Pesquisas mostram que as pessoas tomam as melhores decisões quando elas tem a oportunidade de revisar arquivos e fatos, e então focar seus pensamentos em algo diferente por um tempo.

Caminhe, exercite-se, ande de bicicleta ou simplesmente brinque. Faça algo que seu corpo e sua mente ande em piloto automático. Você vai se surpreender com as soluções que pode encontrar quando você não está tentando ser criativo.

7 - Defina limites

Ninguém consegue trabalhar 24 horas por dia, todos os dias da semana. Mas provavelmente você sinta que deveria, pois você permite pensar isso.

Defina limites: o momento que você parar de trabalhar, você irá se dedicar à sua família, não atender ligações de trabalho. Deixe que as pessoas saibam desse limite. Ninguém respeitará seu tempo livre caso você mesmo não o faça.

8 - Seja cuidadoso com "sim" e "não"

Você não pode dizer "sim" para tudo. Bom, poder até pode, mas você não conseguirá realizar tudo o que aceitou, o que no fim das contas, transforma seu "sim" em um "não".

Ás vezes é necessário dizer não. Outras vezes existe a possibilidade de encaixar condições, como "Não, a não ser que..." ou "Sim, mas só se...".

9 - Domine suas distrações

A maioria das pessoas se distraem a todo momento: telefonemas, e-mails, mensagens, memorandos… a lista é infinita.

A solução é dividir seu tempo em blocos e, em algum deles, desligar completamente essas distrações. A única maneira de se manter programado é seguir a própria rotina, não a de outras pessoas.

10 - Lembre-se do seu impacto em outras pessoas

Se você for um líder (e se você dirige um negócio, você obviamente é) você naturalmente influencia as pessoas. Você guia. Você cria um padrão, você se torna um modelo.

Seja um grande modelo: uma pessoa que realiza coisas importantes, que é pontual, que foca em realizar sonhos e objetivos e que também ajuda outras pessoas a realizarem seus sonhos e objetivos. Essa é uma grande razão para gerenciar seu tempo para sempre dar o seu melhor.

Fonte: Administradores