quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Sobremesa, café e bebida aumentam a refeição fora de casa em 70%
Tomar um suco, comer um docinho e finalizar o almoço do dia a dia com um café encarece, em média, em 70% o preço da refeição, segundo pesquisa feita pela consultoria Gestão de Restaurantes a pedido do G1.
Na média dos restaurantes, os consumidores costumam gastar com bebidas o equivalente a 35% o valor do prato, outros 24% com as sobremesas e mais 12% com o café. Isso significa, segundo a pesquisa, que o consumidor que paga R$ 15 em um prato, gasta em média mais R$ 5 com bebida, R$ 4 na sobremesa e mais R$ 2 no cafezinho – o que pode fazer o gasto total da refeição chegar a R$ 26.
No tipo de restaurante em que o peso dos itens "extras" é maior – caso dos que oferecem pratos comerciais, executivos ou pratos feitos – quando o consumidor pede os três itens juntos com a refeição, ela pode sair 85% mais cara. Num restaurante deste tipo, quanto a faixa média dos pratos é de R$ 10, o gasto com a bebida é R$ 4; e o com sobremesa e café, R$ 2,50 cada.
As churrascarias são os locais em que os itens além do prato são proporcionalmente mais baratos, segundo a pesquisa. Nelas, eles tornam a refeição fora 44% mais cara, em média. Se o gasto for de cerca de R$ 32 com a comida, a bebida custa por volta de R$ 8, a sobremesa por volta de R$ 4 cada e o café sai por R$ 2.
Forma de economizar
Seja em um ou outro tipo de restaurante, o peso dos itens faz diferença no orçamento, diz o consultor Alison Figueiredo, do Gestão de Restaurantes. “Não comprar os acompanhamentos é realmente uma forma de economizar”, aponta.
A bebida, que costuma ser o item mais pedido nas refeições do dia a dia, tem o maior peso entre os itens. “Com a bebida, às vezes gasta-se sem ver porque ninguém liga de beber refrigerante ou cerveja e acha que a sobremesa é que é cara”, diz.
As bebidas chegam a 51% do preço do prato nos restaurantes em que o comercial, o executivo ou o prato feito é o carro chefe. Nas churrascarias, em que o peso das bebidas é o menor em relação ao preço do prato, o custo médio é de 25% do valor do prato.
O peso da sobremesa e do café é mais alto em relação ao preço das pizzas, segundo a pesquisa (28% e 17%). Já o menor peso é novamente nas churrascarias, em que as sobremesas saem em média por 13% do preço do prato e o cafezinho, por 6%. A notícia ruim é que as churrascarias são justamente o tipo de restaurante em que o preço do prato é mais alto entre todas as modalidades: R$ 32.
Considerando apenas o preço médio – não o peso em relação ao prato – do café, da sobremesa e da bebida, é nos restaurantes a la carte em que eles são mais caros, aponta a pesquisa.
Estimativa
A Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) estima que sobremesa e bebida, incluindo café, encarece em cerca de 40% a refeição. A entidade realiza anualmente uma pesquisa em relação aos preços nos restaurantes – a última edição teve a participação de mais de 4.000 restaurantes –, mas ela não calcula separadamente os preços dos itens. O presidente Artur Almeida acredita, no entanto, que é possível inferir isso com base na comparação entre os preços médios de 2012, 2013.
Segundo ele, será proposto que a pesquisa deste ano apure o peso dos itens na alimentação fora de casa. “A alta do preço da bebida é uma reclamação muito forte que a gente tem visto. Os consumidores falam que o custo tem subido e a gente atesta isso quando vai aos restaurantes”, diz.
Para os donos de restaurantes, diz Alison Figueiredo, cafezinho, sobremesa e bebida são parte importante do resultado. “Se você terceiriza o serviço deste tipo de produto, com certeza margem é menor. Já quem produz no estabelecimento tem margem maior”, aponta.
A pesquisa, que ficou disponível no site da empresa por cerca de 20 dias, foi respondida por 128 restaurantes de todo o país e os resultados estão disponíveis no site. Foi perguntado aos gestores de restaurantes qual o gasto médio dos clientes com cada item, valor que foi usado como base para os cálculos em relação à média de preços.
Com informações do G1 e Gestão de Restaurantes.
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