segunda-feira, 21 de julho de 2014
5G brasileiro começa a nascer no Ceará
A Universidade Federal do Ceará e a Ericsson trabalham no desenvolvimento da tecnologia 5G no Brasil. A parceria volta-se para o estudo de novas faixas de espectro - chamadas ondas milimétricas - sistemas com alta densidade de antenas, comunicação entre dispositivos e redes heterogêneas. Mais de 40 profissionais entre pesquisadores, alunos e funcionários atuam em três frentes num laboratório em Fortaleza: pesquisa, patentes e padronização.
Segundo o diretor de Inovação da Ericsson, Edvaldo Santos, o diferencial da próxima geração da internet móvel - prevista para 2020 - será ampliar a qualidade dos serviços oferecidos. Atualmente, explica ele, é necessário dividir o tráfego entre envio e recebimento de dados. No futuro, a expectativa é que seja possível realizar as duas atividades simultaneamente.
Com velocidade mais rápida, latência mais baixa e melhor desempenho em áreas de alta densidade populacional, o 5G deverá representar uma evolução da experiência do usuário, além de permitir novas aplicações com impacto para os consumidores – a partir de recursos como controle de segurança de tráfego e internet tátil – e empresas, com sensores e redes capilares, por exemplo.
O estágio de pesquisa e desenvolvimento da tecnologia no Ceará ainda é embrionário, portanto, é difícil prever com exatidão o ganho na velocidade de conexão. Em teste recentemente realizado na Suécia, a Ericsson diz ter alcançado a taxa de 5 Gbps, isto é, 250 vezes superior aos padrões atuais do 4G/LTE.
Santos explica que os estudos realizados em solo brasileiro são complementares ao que está sendo desenvolvido no exterior. Coreia do Sul e Reino Unido são alguns dos países que já investem pesado para tomar a dianteira da nova geração da internet móvel. E, segundo o especialista, existe um esforço comum pela padronização de termos referentes à tecnologia.
Uma das principais mudanças em curso deverá estar relacionada às antenas. “As antenas grandes de 3G e 4G não serão mais utilizadas. É provável que existam antenas menores e mais próximas, como acontece com postes de luz. Assim vai ser viável entregar a velocidade e qualidade que o usuário demanda”, conta o executivo. Para ele, o principal desafio será conectar a nova tecnologia àquelas já utilizadas.
Fonte: Olhar Digital
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