terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Com ascensão de smartphones, iPod corre risco de "extinção.


Todo encanto um dia acaba. E a bola da vez no mercado de tecnologia são os revolucionários  iPods, da Apple. Lançado em 2001, o produto virou sinônimo de tocador de música pelo design e simplicidade. No entanto, os resultados do último trimestre de 2013 (temporada de Natal) do toca-MP3 não foram nada bons: a empresa vendeu 6 milhões de aparelhos, comparados a 12,6 milhões em 2012.

Apesar da queda nas vendas, desde 2009 a Apple já está ciente de que os próprios produtos da marca acabariam matando o iPod. "Esperamos que nossos tocadores MP3 tenham suas vendas reduzidas com o tempo, pois estamos nos canibalizando com produtos como o iPod Touch e o iPhone", disse Peter Oppenheimer, diretor de operações financeiras da Apple, durante apresentação de resultados a investidores em junho daquele ano.

O problema da "canibalização" não é algo específico do iPod, mas de toda a categoria de tocadores portáteis de música. Por que comprar um tocador, sendo que essa é apenas uma das múltiplas funções de um smartphone?

"De uns quatro anos para cá, cada vez mais pessoas estão comprando smartphones", disse Camila Santos, analista da consultoria de mercado GFK. Para ela, um dos fatores determinantes para a redução massiva da venda de tocadores é o barateamento dos telefones inteligentes.

A título de curiosidade, os preços de tocadores multimídia podem variar em varejistas entre R$ 50 e R$ 1.600. Um smartphone, dependendo das configurações, tem preços que começam em R$ 260 e podem chegar até R$ 3.600.

Segundo a analista, caso não haja alguma mudança significativa na área de tocadores, essa categoria pode não se sustentar na competição com os smartphones. De acordo com dados da GFK, o mercado de tocadores portáteis no Brasil teve uma redução de 50% nas vendas em 2013, enquanto o de smartphones cresceu 92,3%. – a companhia não divulga números absolutos.
Com esse cenário, o mercado de portáteis tende a ser algo voltado para fãs ou fins específicos. "O usuário que gosta muito de tocador vai continuar comprando, pois ele já teve uma boa experiência com essa categoria. Mesmo assim, esse dispositivo acaba sendo de uso secundário," disse.

Com informações do site Uol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário